Mãe e filho de mãos dadas trilhando os caminhos do autismo/asperger.
Numa partilha intimista e de coração aberto em sonhos e desalentos, numa vida vivida...
Ter um filho asperger não é o fim do mundo, mas o princípio de uma nova vida...
Valorizando os afectos...

segunda-feira, 12 de abril de 2010

«Um irmão fazia-lhe bem, doutor?»

Esta é uma das questões ,também levantada no livro "mal a entendidos"
E desta vez não transcrevendo fielmente o que o Doutor escreveu.
É a minha opinião, embora haja pontos comuns com o que ele escreveu, ele mais do ponto vista técnico mas também humano, eu do lado emocional e maternal...
Acredito que muitos pais com filhos diferentes, coloquem esta pergunta a si mesmos legitimamente.
E quando eu não poder ou não estiver presente?!...
Quem cuidará deste meu filho/a?!...
Um irmão seria um suporte, alguma segurança para os pais!..
Um filho, nunca será substituto dos pais embora neles depositemos egoisticamente alguma esperança...
E confesso este meu lado egoísta e fico também aqui divida com a "carga", que estou a colocar na minha outra filha...
Não tenho esse direito. Ela fará o que bem entender.
Por isto nós pais lutamos, para garantir que o futuro destes nossos filhos diferentes fique assegurado.
Um filho nunca é complemento de outro, há que e querer e desejar de igual forma...

2 comentários:

Isabel Santos disse...

MINHA AMIGA
CONCORDO PLENAMENTE UM IRMÃO PODE FAZER BEM PELA CONVIVÊNCIA,PELO QUE LHE VAI ENSINANDO E APRENDENDO MAS NUNCA DEVE SER O SUBSTITUTO DOS PAIS.
QUANDO JÁ CÁ NÃO ESTIVERMOS,DEVEMOS DEIXAR O FUTURO DO NOSSO MENINO ASSEGURADO E O IRMÃO SE ASSIM O ENTENDER ,TERÁ O MESMO PAPEL QUE DESEMPENHOU ENQUANTO FORAM PEQUENOS.

Mina disse...

Isabel
Depende do irmão estar disponível para aceitar um irmão diferente, e não é fácil.
No entanto à sempre uma ténue esperança que um irmão seja um veículo orientador, já não digo cuidadador que isso seria uma tarefa que não lhe compete a menos que tenha essa vontade e também à irmãos que a tem.
E minha querida avó Isabel, quando os nossos filhos são adultos e levamos o tempo a pensar o futuro e ele nunca está preparado, posso partir a amanhã!...
Qual o destino do meu filho, uma instituição onde está todo o tipo de deficiência( ele até se adaptaria) mas e os outros?!... como o aceitariam?!...
A falta de filtro a grande franqueza deles dificulta-lhes a vida.
Tal com eu estou a ser aqui franca sem quer tirar a esperança a ninguém antes pelo contrário motivar para que façam mais e melhor, mas esta é a realidade actual.
Também sonho em deixar o futuro deste meu filho assegurado, alías essa é a minha maior vontade...
bjocas