Mãe e filho de mãos dadas trilhando os caminhos do autismo/asperger.
Numa partilha intimista e de coração aberto em sonhos e desalentos, numa vida vivida...
Ter um filho asperger não é o fim do mundo, mas o princípio de uma nova vida...
Valorizando os afectos...

segunda-feira, 8 de abril de 2019

De volta à ilha da Madeira



Para quem têm filhos, no espectro do Autismo, reconhecerá  que não são fáceis as alterações de rotina e de ambientes.
Nós por cá, fazemos os planos de férias com muita antecedência.
Tudo é orientado ao pormenor, a marcação dos dias, a maior dificuldade  reside nas dormidas a escolha desse local têm de ter algumas variáveis importantes a maior delas a privacidade.
Desta vez corremos um risco calculado ( meio a apalpar terreno) não podíamos despender muito dinheiro na estadia, com conhecimento do Bruno e escolha inicial dele, resolvemos reservar um quarto, numa casa onde também residiam os nossos anfitriões.
Fiz todo um estudo prévio, do perfil das pessoas que nos iriam receber e inspirou-me confiança.
Se tive dúvidas!? Algumas , para não dizer bastantes, ir para casa de uma família que não conhecemos com um adulto, que é bastante comunicativo e sociável , mas que efectivamente não faz de forma nada padronizada, pode fazer das respostas perguntas que ninguém entende ( como se as pessoas tivessem poder de adivinhar).
Não têm as normas de etiquetas formais, é tu cá, tu lá, como se fossem amigos de longa data.
Esta forma diferente, não o impede de gostar, e gosta de gostar, e se do outro lado tiver-mos a empatia, temos a sintonia perfeita.
Enquanto mãe gostei deste gostar de estar ,desta compreensão e inter-acção, à pessoas que têm este poder de nos tocar, foi o caso desta família que nos acolheu no seu seio familiar  com muito carinho,  do qual  trouxemos um pedacinho mais de Amor da ilha.
Grata a esta família, que nos permitiu mais uma experiência, que sem experimentar nunca iríamos calcular o resultado de uma forma diferente de viajar.