Mãe e filho de mãos dadas trilhando os caminhos do autismo/asperger.
Numa partilha intimista e de coração aberto em sonhos e desalentos, numa vida vivida...
Ter um filho asperger não é o fim do mundo, mas o princípio de uma nova vida...
Valorizando os afectos...

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Todos temos! Um Papel!

Na vida, tenho tido vários papéis.
Todos eles me enriqueceram, quer a nível profissional, quer pessoal.
Há valores , para mim fundamentais, aqueles que toda a gente fala, a verdade, a transparência, a honestidade, a amizade...e neste contexto as pessoas, são o principal, e quando essas pessoas, tem necessidades especiais, não posso ficar indiferente....
Talvez porque me tocou a mim , não nego, que me abriu outros horizontes, que não tinha, nos meus tempos de escola, não era permitada a inclusão , eles eram excluídos do meio.
Também por isso , e por ver , que ainda há muito desconhecimento, decidi, que a minha missão no minimo , seria informar, sempre com verdade nunca ocultando nada, se, eu quero, que compreendam o meu filho, eu tenho, que o dar a conhecer, não vou ser eterna, preciso que o entendam, que saibam lidar , podem dizer que, é uma motivação pessoal, mas com isso estou alargar o leque, a outros casos, e tentar despertar a curiosidade e interesse em saber, a educação, começa nos bancos da escola.
Não, sou ,só, eu, que tenho este propósito, tenho tido o carinho e apreço de muitas outras mães, que acham que sou uma inspiração para elas.
São elas a minha Força, e nossos meninos, puros , ingénuos, para os quais o mundo é uma constante agressão.
A maioria atribuí-me como caracteristica a Sensatez, espero não as defraudar, mas no que toca, ás nossas crianças , não sei se me aguento, ou não estivesse, lá o meu filho incluído.
Tudo isto, para vos dizer, que apesar da minha aversão à politica, e aquilo que ela têm representado nos últimos anos, o descuro, a negligência, das pessoas com deficiência, que já tem a vida muito dificultada, pela sua condição da diferença.
Não pude recusar, este apelo à minha consciência, de que tenho que me imiscuir, tenho que fazer alguma coisa, e o que possa fazer, e ,será sempre na prespectiva de uma maior sensibilização para as necessidades especiais, entre elas a que ocupa a minha vida ,e o meu coração, as perturbações do espectro do autismo.
A minha missão, é ajudar, colaborar, com quem de mim precisa, cidadania, é partilha e entrega aos outros. TODOS TEMOS UM PAPEL. E O MEU CONTINUA A SER VOLUNTÀRIO.