Como é apanágio popular " a galinha da vizinha é sempre mais gorda que a minha".
Mas se falar-mos em dor, a nossa é sempre maior que a dos outros, porque somos nós que sentimos essa dor, é uma analise fácil de fazer.
Seria mais fácil se conseguíssemos intuir a dor do outro e valoriza-la da mesma forma...
Tudo isto parece simples , não seja a dor um mau estar o qual não conseguimos evitar...
Mas se transportar-mos esse mau estar para alguém no espectro do autismo, a dor pode tomar outras proporções e torna-se difícil avaliar o constante incomodo que lhe causa, não sei se é mínimo ou máximo, mas sei que desenvolve um stress constante, uma instabilidade geral, que não dá tréguas sempre com o mesmo foco na dor.
Lê tudo o que consegue sobre essa dor faz os seus próprios diagnósticos que passam a ser todos relativos aquele foco.
Se esse foco for num dos sentidos o cenário agrava-se e pode ficar surdo.
O meu medo é o descontrole que lhe causa e todas as palermices que possa fazer na tentativa de aliviar a dor, torna-la ainda pior com a possibilidade de que se possa tornar irreversível...