Mãe e filho de mãos dadas trilhando os caminhos do autismo/asperger.
Numa partilha intimista e de coração aberto em sonhos e desalentos, numa vida vivida...
Ter um filho asperger não é o fim do mundo, mas o princípio de uma nova vida...
Valorizando os afectos...

terça-feira, 28 de julho de 2015

"Ora Toma"


Já a "pulga" têm catarro, a seguir à nossa  ida piscina, fomos a um supermercado ia-mos preparados, para comer para um lanche ajantarado, o menu refeição, que é baguete, sumo, e sopa.
Olhamos para vitrine, baguetes havia, chegada a nossa vez peço o menu.
-Sopa, não temos.
-Vai o bom, do senhor Bruno, pega na placa, que está junto à caixa, que diz sopa de agrião.
-Estão a enganar , as pessoas (refere), e repete :)
-A rapariga muito encavacada, diz que vai retirar.
E para próxima, já me disse, que lhe vai dizer, para fazer a sopa rsss

Voltou a acontecer, na semana seguinte, viramos costas e viemos embora .

sexta-feira, 17 de julho de 2015

"Atrelado"


O meu grande companheiro.
Algumas vezes contrariado,  mas acompanha-me sempre.
Nestes últimos tempos, tenho me reunido mensalmente , com um grupo pessoas, que tem a seu cargo, ou, os  filhos, ou, os pais com alguma depedência, troca de experiências e desabafos...
Mas, hoje o meu rapaz até queria ficar a ver o futebol de praia , disse-lhe que ia tentar chegar a horas  para ele  ver .
E enquanto, eu ficasse nessa reunião, ele ia-me levantar um exame à outra ponta da cidade. quando regressa-se liga-me para o telemóvel, que eu pedia desculpa e saía.
Mantive o telemóvel, sempre na mão, à espera desse toque , e nada.
Não, seria de bom tom, sair e não ouvir os outros.
E assim  de conversa puxa conversa, a dita reunião durou , mais uma hora  do que estava previsto, se ele já esperaria cerca de meia -hora, assim esperou uma  hora e meia.
Meu rico filho, o cumulo da paciência, não sei as figuras que fez na sala de espera, todo esse tempo.
Quando , cheguei :
Suspirou- e disse: que grande seca.
Com toda a razão, ninguém merece.
Desculpa filhote , mas tu sabes que é para te proteger.
E depois virou a ansiedade, por não saber o resultado do jogo.

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Incertezas



Posso pecar, por alguma falta de positividade!
Não tenho uma varinha de condão, que preveja o futuro, o que não quer dizer, que ele não me assuste e seja levada por este impulso, de no presente, me preocupar com futuro.
Se posso viver o presente!?
Se fui sempre assim!? -Acho que não!
Há medida que os anos vão passando, vou sentindo esta angústia mais profunda, de nem me permitir adoecer, é naturalmente estúpido este pensar.
Por outro  lado, agarro-me  ao desejo de preparar um mundo seguro, onde ele possa permanecer e viver em plenitude.
Pode não passar de um sonho, mas ainda é este sonho que sustenta os meus dias...
E, é neste balanço, nesta dicotomia de sentires, que vivo, o dia-a-dia...


Nota-Não quero com isto influenciar ninguém, nem criar expectativas negativas, mas não posso deixar de ser honesta comigo. Desejo que sejam capazes de pensar diferente e principalmente agir com outras capacidades.