Mãe e filho de mãos dadas trilhando os caminhos do autismo/asperger.
Numa partilha intimista e de coração aberto em sonhos e desalentos, numa vida vivida...
Ter um filho asperger não é o fim do mundo, mas o princípio de uma nova vida...
Valorizando os afectos...

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Quem é que faz as leis do desporto?


Aqui fica mais um texto, ao estilo literário do Bruno, com algumas certezas e também algumas dúvidas!?... Que só as pode ter quem acompanha estas modalidades, o que é o caso dele rssss como ele "ingere" tanta informação kkkk
Mãe Mina

No Futebol é a FIFA.
No Automobilismo é a FIA.
E nas outras modalidades quem faz as leis?
Eles de vez em quando mudam as regras das modalidades desportivas por exemplo o ténis de mesa que antigamente se disputava até aos 21 pontos agora disputa-se até aos 11.
Antigamente quando um jogador atrasava a bola com o pé para o guarda-redes num jogo de futebol se este agarrasse a bola com as mãos não era falta. Agora é.
Quando um jogador despe a camisola na comemoração de um golo, o árbitro mostra-lhe um cartão amarelo, porquê?
No voleibol antigamente no serviço se a bola tocasse na tela e passasse para o outro lado o serviço passava para a outra equipa. Agora se a bola tocar na tela e passar para o outro lado a equipa mantêm o serviço e ganha ponto. Antigamente no voleibol a equipa só marcava ponto se tivesse o seu serviço. Agora já ganham ponto sempre que pontuem mesmo que a equipa adversária esteja a servir também antigamente o voleibol disputava-se até aos 15 pontos agora disputa-se até aos 25.
Eles no hóquei em patins meteram a linha do anti-jogo. E também há uma regra injusta que é a regra do golo de ouro. No prolongamento a equipa que marcar primeiro um golo no prolongamento num jogo de hóquei em patins ganha o jogo. No futebol havia a regra do golo de ouro mas acabaram com essa regra no futebol e aplicaram-na agora no hóquei em patins porquê?
Será que existe algum site onde eu posso criticar as leis do desporto.
Acho que deviam mudar as regras no ténis porque nos grand slams com excepção do Open dos Estados Unidos não há tie-break que é um jogo de desempate que se faz nos sets para decidir quem vence o set no caso de esse set ser o último. Nos outros grand slams (Roland Garros, Open da Austrália e Wimbledon) não fazem tie-break e os jogadores jogam indefinidamente nesse set decisivo até que um dos jogadores tenha ganho mais dois jogos do que o seu adversário. Isso pode nunca acontecer porque se ambos os jogadores ganharem os seus jogos de serviço, o jogo nunca acaba no set decisivo. quando ambos os jogadores estão empatados a 6 jogos no set é que se costuma fazer esse jogo. Ainda para mais é nos homens que um encontro de ténis pode demorar mais de 6 horas o que é bastante tempo. Porque são encontros a melhor de 5 sets e se tiver de se disputar o quinto e decisivo set não há um jogo de desempate com excepção do Open dos Estados Unidos.

Bruno V.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Afinal!...


Pertence ou não pertence ao nosso agregado familiar.
Confusa e intrigada, que eu fico, com o "sistema".
A ver se consigo descodificar, para a instituição o Bruno pertence ao agregado familiar, para organismo Segurança Social é um cidadão adulto que recebe a pensão social de invalidez.
Como tal um cidadão individual supostamente autónomo com regalias e deveres...
Deveres esses que impõe, o pagamento de 80% da pensão para a instituição, mas cuja declaração de rendimentos pedida não é a do Bruno, mas a do agregado familiar...
Obtivemos agora este esclarecimento, foi nos pedida a prova de matricula da filha, embora ela não receba abono desde a altura que o irmão começou a receber a pensão , deixando ele de pertencer ao agregado familiar, passamos como tal a ser considerados só com um filho, subindo deste modo de escalão , passando a irmã como filha única a não ter direito a abono de família...
Conclusão evidente não?!...
Para pagamentos pertence ao agregado...Para recebimentos não pertence ao agregado...
Atenção que não estou a reclamar, apenas a constatar as incongruências do "sistema"
Do ponto de vista da família, tem mesmo de pertencer ao agregado, do ponto de vista das instituições, fica a dúvida?!...
Afinal é! ou não é?!... deste agregado familiar?!....

terça-feira, 27 de outubro de 2009

“Asperger… O que significa para mim?.


Este livro é “um manual de autoconhecimento e desenvolvimento pessoal para crianças ou adolescentes com autismo de alta funcionalidade ou Síndrome de Asperger”, com sugestões de ensino organizadas para casa e para a escola.

Traduzido para Português
Para mais informações ou encomendas envie email para: geral@apsa.org.pt

Na contra capa
A opinião dos «verdadeiros» especialistas
São muitos os profissionais que escrevem e falam acerca do autismo de alta funcionalidade e da síndrome de Asperger, e as suas opiniões são aceites e valorizadas por muitos.
Os «verdadeiros » especialistas, contudo, são aqueles que convivem com o desafio. Os comentários seguintes exprimem a sua opinião sobre o manual.

«Esta é a informação que todas as crianças com autismo deviam ter»
Thomas Johnson 10 anos

«Este livro proporciona uma melhor compreensão do autismo, encorajando as crianças autistas a aprenderem mais sobre si próprias e guiando-as através de uma viagem de autodescoberta. É uma fonte valiosa para despertar conhecimento e... auto estima. Um livro destes ter-nos-ia sido muito útil, a mim e a minha família quando eu era criança.»
David Spicer, diagnosticado aos 46 anos

«É importante compreender que, quando era criança, as pessoas incomodavam-me. Não sabia o pretendiam nem o que queriam de mim. Não agiam sempre de igual forma e eu não me sentia seguro. Mesmo uma pessoa que fosse sempre simpática comigo podia por vezes ser diferente. Parecia que não me ajustava aos outros.»
Sean Barron, autor There's a Boy in Here

Este manual faculta ás crianças e jovens com autismo de alta funcionalidade e síndrome de Asperger, uma oportunidade para se compreenderem a si próprios de uma forma positiva e encorajadora!

A contra capa foi transcrita por mim, se encontrar erros a culpa é da visão kkk

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Autismo em Debate

Um Programa dedicado ao Autismo, perturbação do desenvolvimento...

Um programa, muito completo, com reportagens, e debate...

Deixo aqui o link

sábado, 24 de outubro de 2009

"Mal entendidos" (entrevista)


Na sequência do post anterior.
Entrevista feita ao Drº. Nuno Lobo Antunes, a uma mãe e um adulto com Síndrome de Asperger...

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Mal- Entendidos

É o titulo sugestivo da na nova obra do Drº. Nuno Lobo Antunes, consegui escutar um pouco da entrevista dada no programa da manhã Praça da Alegria.
O livro tanto quanto me foi dado ouvir aborda as situações de crianças com determinados padrões de desenvolvimento e consequente comportamento que vão da hiperactividade, perturbações de sono , dislexia, síndrome de Asperger...
Há que haver um boa analise da problemática destas crianças.
Diagnósticos o mais precisos possível, intervenção o mais precoce e coerente possível, grande interacção entre todos os meios envolvidos, para que não haja perdas para a criança.
Pais, profissionais de saúde, e educação em comunhão... E uma maior intervenção da sociedade civil, e estado para uma verdadeira integração destas pessoas, poderia desmistificar alguns "mal entendidos"
Esta é para já a minha opinião, apenas baseada no título, que acho muitíssimo bem conseguido, pelo menos em relação à Síndrome de Asperger estou completamente de acordo que são pessoas " mal entendidas", por quem não lhes dá oportunidades e não lhes permite ir mais longe...
Mãe Mina

Excerto da obra, pelo autor

«Para compreender uma criança temos de voltar ao país das memórias, reviver o que ficou para trás, habitar de novo medos de que nos esquecemos. Olhar com olhos de espanto, chamar filha a uma boneca, e replicar o milagre da criação dando-lhe voz. Para a compreender temos de voltar a pele do avesso, reduzir a dimensão do corpo na medida inversa em que cresce o sentimento. Cada criança é uma história por contar. Por vezes o Capuchinho Vermelho perde-se no bosque e não há beijo que resgate a Bela Adormecida.
Para muitas crianças a sua história pode não terminar bem, e não viverem felizes para sempre. Este livro destina-se a essas crianças e a quem delas cuida: Pais, Professores, Psicólogos ou Médicos, que querem que todas as histórias tenham um final feliz, e não deixam o Espelho Mágico dizer a nenhuma criança que há alguém mais belo do que ela.
Devem existir em Portugal cerca de 100.000 crianças com perturbações de desenvolvimento.»
Nuno Lobo Antunes, In Introdução

« Hoje mesmo, dia em que termino o meu livro, alguém começa uma história: as minhas filhas conheceram os professores e a Escola que as vai acolher. Sentados em cadeiras pequeninas, a minha mulher e eu sentíamos a insegurança de quem confia a outros o que tem de mais importante. »

Esta informação foi recolhida aqui

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Imagem


Nem sempre foi tão acentuada esta relação com o espelho...
Noto a cada dia que passa, uma maior empatia, entre ele e o espelho, faz caretas, faz perguntas dá respostas há sua imagem reflectida.
O espelho não é traiçoeiro, dá lhe sempre as respostas que ele quer ouvir...
Estranha forma de olhar ao espelho, a parte física fica completamente descurada, nada muda na sua imagem exterior ainda que não esteja agradável aos olhos dos outros.
Aquele seu ar sempre mal ataviado, são anos de "desfraldado" onde todos os dias insistimos, que ou coloca a camisola toda dentro das calças ou toda fora, mas ele sistematicamente a frente coloca dentro das calças e atrás por fora, as golas é indiferente, os atacadores idem...
Enfim toda a sua imagem física é lhe indiferente...

Porque será que o" invólucro" conta assim tanto?!...

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Supostas Possibilidades!...


Num destes dias , íamos nós estrada fora, deparamos-nos com os habituais distribuidores de folhetos, que nos "entopem" as caixas de correio rssss
Viro-me para o Bruno, e digo lhe: Aqui está uma coisa que tu eras capaz de fazer!...
Esqueci-me por momentos que por estas bandas há muitos cães, e que o Bruno até tem medo de cães desconhecidos, também quem não têm!... rsss
Poderiam coloca-lo a distribuir noutra zona...
Já ao final da rua diz-me ele, pois é mãe ,e até podia colocar as cartas, que não me enganava na morada ,como os outros!... rssss
E esta , Hiem!...Carteiro também dava rsss, quanto tempo levava a verificar a morada, não, sei não!?...

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Porque razão há limite de mandatos?...

Este texto foi escrito durante o período das férias, só agora passadas as eleições achei oportuno publica-lo, sem nenhum "corte", e não é para ferir qualquer tipo de clubismo, embora ache estas dúvidas legitimas, se fosse com o Presidente do nosso clube seria o mesmo discurso...
Mãe Mina

O Presidente da Republica só pode estar dois mandatos consecutivos.
Agora os presidentes das Câmaras Municipais só podem estar três mandatos consecutivos.
A minha mãe disse-me que se não houvesse limite de mandatos isto seria uma ditadura.
Eu não acho. Alguém acha justo o que o Presidente da Câmara fez e com outro presidente já não é assim. E a Lei proíbe mais de três mandatos consecutivos. Eu queria um site onde desse para criticar as leis.
Ser contra a lei.
Se há limite de mandatos nos presidentes das Câmaras Municipais e nos presidentes da Republica também deveria haver um limite de mandatos na presidência dos clubes de futebol.
Se houvesse um limite de mandatos na presidência dos clubes de futebol, de certeza que o Pinto da Costa já não seria o Presidente do Futebol Clube do Porto.
E de certeza que se o Futebol Clube do Porto se tivesse de ter outro presidente no clube que não fosse o Pinto da Costa já não ganhava títulos quase nenhuns. O Futebol Clube do Porto ganha títulos graças ao Pinto da Costa porque sem ele o Futebol Clube do Porto não teria ganho todos os títulos que conquistou.

Bruno V.

domingo, 11 de outubro de 2009

2º. Acto!... Eleitoral !...


Confesso que tinha um outro discurso muito mais idílico, preparado na minha cabeça...
Ontem á noite ele dizia-me: mãe, amanhã vamos votar.
Desta vez as coisas só podem correr bem, interiorizei eu...
Alertado para a dificuldade de desta vez serem três boletins, fizemos o treino da dobragem, ainda no caminho na viatura lhe pedi para o fazer, para poder confirmar, se estava em ordem.
Ele já me tinha referido qual a sua escolha para presidente da Câmara, sugeri-lhe que para os outros dois "assentos", Presidente da Junta e Assembleia Municipal, votasse no mesmo partido, para lhe facilitar a escolha, que não precisava nem devia escrever nomes, era só colocar a cruz nos respectivos boletins...
Mais uma vez me dirijo com ele ao local, desta vez fico na soleira da porta, a aguardar... e nem refiro o PEA, , que foi notório.
Ele pega nos 3 boletins, mais uma vez fica baralhado, acho que lhe apetecia sentar se, indicam-lhe um "privado duplo", onde no outro lado está uma pessoa a votar.
Numa atitude provocatória, vai espreitar o voto.
E diz :ele já pôs a cruz e supostamente iria apontar no boletim, tive de entrar e me aproximar para o mandar calar e referir de novo o secretismo do voto.
Lá vai ele de novo para traz do "biombo", fica de novo confuso, porque não sabe qual dos 3 boletins é para eleger o Presidente da Câmara, e sai do local para vir procurar não propriamente qual é o boletim para votar no Presidente, mas é muito mais explícito e refere o nome.
Lá entro de novo em acção, a referir o secretismo do voto...
E claro que não estava a gritar da soleira da porta, aproximei-me em todas as situações...
E estive sempre a ouvir a informação que não podíamos falar, que o voto seria anulado, isto foi referido várias vezes, era com o que eu estava menos preocupada...
Eu só queria que ele fosse capaz.
Eu não estava a interferir na escolha, mas na orientação...
Ainda tive de intervir, novamente na explicação da dobragem dos boletins, que estava correcta, ou não tivesse dobrado os três boletins num conjunto, mais uma vez tive de alertar para os dobrar de forma individual.
E como sempre aéreo, vinha embora sem os documentos.
Concluo que no cérebro dele continua a não perceber o secretismo, estes segredos não lhe encaixam em circunstância alguma.
Fiquei desiludida, por não ter corrido melhor, desta vez...

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Perturbação do desenvolvimento

Há 40 mil crianças Asperger em Portugal mas muitas abandonam escola na adolescência

06.10.2009 - 18h49 Lusa
Quarenta mil crianças e jovens portugueses têm síndrome de Asperger, uma perturbação do desenvolvimento que causa problemas de adaptação social e escolar que na adolescência podem levar ao abandono escolar.

Dar apoio a estes jovens é uma das prioridades da Associação Portuguesa de Síndrome de Asperger que hoje deu o primeiro passo para a construção do projecto “Casa Grande”, uma residência de formação e reinserção para portadores daquela síndrome.

A partir dos 16 anos, explicou a presidente da associação, Piedade Líbano Monteiro, muitos destes jovens abandonam a escola, surgindo então os primeiros problemas na inserção na vida activa. As dificuldades de inserção profissional levam estes jovens à frequência de custos de formação profissional, na expectativa de um emprego estável, mas sem êxito.

A “Casa Grande” é um projecto sonhado pela Associação Portuguesa de Síndrome de Asperger que pretende dar resposta a estas dificuldades e deverá abrir em 2012, com o apoio da Câmara de Lisboa. O sonho, explicou Piedade Líbano Monteiro, começou a realizar-se com a assinatura de um primeiro protocolo em Janeiro que a obrigava a conseguir 350 mil euros até Maio.

“Casa Grande” é o nome da residência de dois pisos que a APSA vai construir numa edificação em ruínas na Quinta da Granja de Baixo, em Benfica (Lisboa), destinada à formação profissional e reinserção social de 53 jovens com mais de 16 anos e portadores da síndrome de Asperger na Área Metropolitana de Lisboa.

A síndrome de Asperger é uma perturbação do desenvolvimento (espectro do autismo) que se manifesta por alterações na interacção social, na comunicação e no comportamento, mais comum nos rapazes do que nas raparigas. Os “aspies” podem ser excelentes na memorização de factos e números, mas têm normalmente dificuldade ao nível do pensamento abstracto.

Funcionamento cerebral diferente

Ao contrário dos autistas “clássicos”, que normalmente estão ausentes e desinteressados do mundo que os rodeia, muitos “aspies” querem ser sociáveis e gostam do contacto humano, mas têm dificuldades em fazê-lo. Com um funcionamento cerebral diferente, têm um gosto marcado por rotinas e um interesse obsessivo por determinados temas.

A “Casa Grande”, explicou Piedade Líbano Monteiro, vai por isso ajudar as empresas que venham a receber estes jovens, mostrando-lhes que podem ser os melhores profissionais da empresa desde que entendam a forma como funcionam. “Se prepararmos as empresas, mostrando que estes jovens e adultos são extremamente perfeccionistas nas áreas que dominam, apesar de socialmente não serem muito comunicativos, todos ficarão a ganhar”, disse.

Garantir a estes jovens maior autonomia com vista a assegurarem um projecto de vida próprio é o objectivo da casa - que também acolherá a sede da associação - e que “não será um local de permanência definitiva, mas um local de passagem no máximo por quatro anos e aberto à comunidade”.

Cafetaria, esplanada, espaço de estudo, reprografia, espaço multimédia, lavandaria, engomadoria e arranjos de costura, oficina de recuperação e de encadernação de livros, galeria de arte, salas para artes plásticas contam-se entre as valências que a Casa Grande irá dispor para ensinar e dar formação profissional. Salas para formação musical, informática, estufa, horta e pomar biológico são outras das muitas valências projectadas para a casa.

Notícia retirada do seguinte link do jornal o Público

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Notas, Soltas...(1)


Pequenos apontamentos da forma de estar: Será inflexibilidade!?...Será perfeccionismo!?...
Excesso de sinceridade?!... Ingenuidade?!...
Ou apenas igual!?... Que algumas vezes age diferente?!..

No supermercado, olho para traz, está o meu rapaz a organizar as leguminosas, estavam dois feijões brancos , que não faziam parte daquele compartimento...
Oh! Filho ninguém liga a isso, rsss

A reciclagem é feita com precisão "esfrangalha" as embalagens, para separar todos os elementos ex:garrafas, retira a cinta de papel, o plástico e a rolha...
O problema ás vezes é a cola mais no papel, e fica tudo em pedacinhos, rsss

Nas últimas eleições, depois de tantas reclamações. Porquê que não castigaram o Sócrates?!... Pergunta - me ele . Ele ouve as notícias, e as contestações.
Secalhar não devia ter contado esta rssss, e que muitos outros terão pensado igual rsss

A propósito de um comentário irónico que fizeram no blog, a um post sobre a gripe A.
O comentador referia evidentemente sem saber que se tratava de um discurso Asperger,
que ia comprar uma carabina e dava um tiro na ministra da saúde para não deixar entrar a gripe...
Sugestão do Bruno, para quê dar um tiro na ministra!.... Se vai haver eleições brevemente, o Senhor que vote noutra...
É evidente, que não percebeu o tom irónico...

domingo, 4 de outubro de 2009

Raízes...


Sinto paz nestas paisagens bucólicas, perdidas na imensidão ...
Naquela natureza de novo selvagem, embora sem a formosura de outrora...
Aqui, nestes lugares mágicos, recordo a minha infância, o cheiro da terra molhada, o chilrear dos passarinhos, as águas a rolarem pelas ribeiras, o verde da vegetação, os frutos que ia "penicando" aqui e ali...
As pessoas, todas se cumprimentavam, eram todos primos e primas, as casas de xisto com os fumeiros, os animais que passeavam no campo, de ir levar as cabras e as ovelhas para o pasto, de dar milho ás galinhas e chamar-lhes pita, pita, pitinha!...
De andar com pés descalços, a regar as leiras de milho, que bem me sabia aquele contacto...
Viajar na carroça do burro, eram umas férias magníficas.
E o presunto , os queijos e os enchidos,da tia Augusta, que estavam na adega há espera dos veraneantes...
Isto era vida, era sentir, os lugares recônditos, caminhávamos a pé, e respirávamos a plenos pulmões.
São memórias vivas, que guardo nos meus recantos...
Não posso estraga-las com o abandono a que a maioria das aldeias foi vetada, há muitas mais acessibilidades e foram criadas algumas infra-estruturas que ainda assim não "agarraram" as pessoas ao interior...

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Dia da cirurgia...

Em casa os primeiros dias foram de grande cansaço, a hemorragia, foi desaparecendo, mas a anemia já tinha atingido valores muito elevados, tinha de me restablecer ao máximo.
O internamento estava marcado, para dia 25 de Novembro, para efectuar a cirurgia no dia seguinte.
Com muita fé e esperança, mas com algum medo, lá fico instalada na enfermaria, a fazer a preparação, pré-operatória . Na cama ao meu lado está uma senhora de setenta e tal anos, bem disposta e animada , e também ia ser operada!...
Ora ali estava ela a dar-me uma lição de vida.
Na manhã seguinte, lá vou para o bloco operatório, mesmo sedada sentia um friozinho e uma vontade enorme de urinar (nervoso miudinho está claro), o cirurgião lá permitiu que me colocassem a arrastadeira, uff... que alívio...
A partir daqui apagou-se tudo, lembro me de estar deitada numa "pedra gelada" tanto era o frio, que ligaram algo para me aquecer, a mana esteve na visita das 15 h e eu nem dei por ela, o tempo de estada no recobro foi longo possivelmente pelo meu estado debilitado, mas mesmo assim consegui abrir os olhos e ver 19h num relógio, e apercebi-me que ainda não estava na enfermaria.
E estava na hora da visita, perguntei então como posso ver os meus filhos.
Enquanto isto cá fora, aguardavam os meus filhos com outros familiares.
A visita daquela hora era só para marido e filhos o marido não pode estar, então foi a mana e a sobrinha acompanhar.
Sabendo disso a minha sobrinha disse ao segurança que também ela era minha filha ( e até é rsss).
Mas o primo Bruno, não achou bem e fez questão de lembrar,e frisar bem alto á prima em frente ao segurança.
Não, não tu estás enganada, não és filha, tu és sobrinha...rssss
Eu estou a imaginar a sobrinha encolher-se, por ser desmascarada por ter arranjado um primo irmão á pressão.
Houve bom senso e a prima pode acompanha-lo que ele não conseguiria ir ver a mãe sozinho.
Lá dentro na sala do pós operatório, o Bruno preocupou-se em inquirir a enfermeira, sobre os aparelhos a que a mãe estava ligada, e outros que por lá se encontravam rsss
Saber como é que a mãe se sentia, nem por isso rsss
Nesse dia sob o efeito da anestesia, por pouco dei, dei apenas pela presença deles.
No dia seguinte quando me contaram a cena da prima "apanhada", não pude deixar de rir, até quase rebentava os pontos.
Como é que um adulto, não deixa, passar assim uma mentirinha piedosa rsss

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Ida ao hospital.

No final de 2004 a 11 de Novembro( dia de São Martinho), o meu corpo deu sinal. Pediu-me para que parasse.
Dias antes no final de Outubro tinha ido a um ginecologista, confesso à muito, que não ia. E só fui porque comecei a achar estranho a frequência dos ciclos menstruais, não tinha dores nenhumas, a não ser as minhas celebres enxaquecas.
Logo nesse mesmo dia de fim de Outubro no próprio consultório, foi feita uma eco que revelou um mioma no útero com grandes dimensões atingindo também um ovário.
Fui apanhada de surpresa, e saí logo com vários exames para fazer, no caminho sozinha com as lágrimas a espreitar o corpo a "tremelicar" consegui aguentar e ir marcar os exames.
Havia uma possibilidade de só ser retirado o mioma, mantendo o aparelho reprodutivo em funcionamento.
No tal dia 11 de Novembro, uma hemorragia avassaladora , me veio incomodar, o dia inteiro com o sangue a "jorrar", até fraldas tive de ir comprar, nada conseguia travar aquela "avalanche".
Depois de recolher os meus "pitos" e deixar-lhes o jantar. Pego na viatura e vou ao hospital. Quando sai de casa disse-lhes a mãe vai ao hospital e volta já...
Uhau!...Naquele dia fui atendida muito rápido, estava a acabar a inscrição, já me estavam a chamar.
Fui imediatamente encaminhada para ginecologia, e por acaso o médico que estava de serviço era o médico que me fez o diagnóstico, no particular.
E bom disse-me tens de cá ficar e ser operada de urgência.
O quê !...digo eu, não pode ser, eu tenho de ir para casa eu disse que voltava.
O médico também , já tinha conhecimento da síndrome do Bruno, de que não pode haver assim umas surpresas tão repentinas, eu tinha de me aguentar.
Têm de me dar tempo, para o preparar, para a minha ausência.
Ele lá ouviu as minhas preces, e deixou-me sair com receitas para anemia que já estava instalada e veio a piorar muito, e para parar a hemorragia.
Mas alertou-me cuidado, tu és forte, mas cuidado...(convencida mas é)
Naquele dia até estranhei tanta gentileza até o segurança me queria ajudar rsss
Só depois vim a saber que era por causa da fita vermelha que envergava na "lapela"
Alheia aos avisos e com vontade de regressar a casa e descansar, continuei o caminho as receitas fui aviar, na farmácia já tive que me sentar.
Para regressar ao carro havia uma pequena subida, parecia-me uma montanha, já sem forças para a trepar. Nessa rua entro numa churrasqueira a pensar preciso de me alimentar, vou já aliviar. Senti o cheiro dos grelhados que me estavam a enjoar, mas o cansaço era tanto que nem consigo falar sinto o corpo a "resvalar", já meio "tropega", ouço as funcionárias a dizer que me vão levar ao hospital. Não, digo eu em voz sumida acabo de sair de lá.
Enquanto me dão um copo de água com açúcar, ligo a um casal amigo para me ir buscar, já não me conseguia levantar, e conduzir nem pensar...
Amparada por eles a casa consigo chegar, tenho uns dias para recuperar.
E para tudo organizar, e principalmente preparar o Bruno, para a minha ausência, durante uns dias....
"to be continue"
O que o comentário da Ray me foi fazer lembrar rsss