Mãe e filho de mãos dadas trilhando os caminhos do autismo/asperger.
Numa partilha intimista e de coração aberto em sonhos e desalentos, numa vida vivida...
Ter um filho asperger não é o fim do mundo, mas o princípio de uma nova vida...
Valorizando os afectos...

sábado, 28 de julho de 2012

No mundo da Lua?... Talvez Não....


Uma sugestão de leitura simples e solidária!
Uma pequena prenda, um grande gesto!
Uma aprendizagem no mundo do autismo!

Mina Viana

“A história que o livro nos conta é uma fábula. Poderão vocês pensar que como todas as fábulas aconteceu há muito tempo, mas não, foi apenas ontem...Tudo se passou numa pequena quinta mesmo às portas da cidade, bem aqui ao nosso lado. Quando D. Josefa se apercebe que o seu filhote, o Pedrocas é diferente, ele não fala, não brinca com os outros, anda sempre de cabeça na lua, só quer saber de plantas. D Josefa descobre depois de falar com o mocho do pinhal que o seu filhote é autista. Embarca assim numa estranha aventura feita de palavras silenciosas... mas um dia o Pedrocas salva uma vida e ganha o respeito de todos os animais da quinta...”

Autora:Ana Paula Antunes

Não é por ser minha amiga, mas aconselho vivamente que contem a fábula aos vossos meninos,(vou mais longe, e diria que deveria fazer parte do plano educativo) os adultos também vão ficar a perceber melhor, o que é este "Pinto", chamado AUTISMO.

Para obter e mais informações veja aqui

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Esclarecimento!


Na reportagem e na convesa em estúdio, ficou registado pela metade a minha opinião sobre CAO*.

Aproveito para deixar aqui claro e embora a palavra dita é que fica registada, e na gravação que não colocaram também aprofundei a questão CAO, para que não fiquem com uma noção errada, a minha frontalidade leva-me a estas coisas, mesmo nos locais a que me refiro manifestei esta mesma minha opinião, o CAO é uma mais valia para muitos "meninos" e fundamental eu diria essencial.

Um local onde muitos "meninos" são felizes e que tem o acompanhamento essencial às suas funcionalidades e potencialidades,e também precisam e gostam de mostrar ao mundo o esforço, empenho e dedicação com que diáriamente se debatem para ultrapassar barreiras e estigmas sociais.

Os monitores fazem um trabalho excepcional com muita dedicação e amor e sou profunda admiradora deles conseguem fazer pequenos milagres, adoravam o Bruno (algumas até lhe chamavam o catedrático), escutavam as loucuras da mãe, e acho que até concordavam.

Mas de facto não há alternativas para casos com maiores capacidades cognitivas,que podem e devem ser aproveitadas em mercado de trabalho.

Uma das valências que o Bruno adquiriu foi precisamente a da àrea representação e tem muitas outras actividades de interesse.


A dificuldade nestas instituições é o tipo de abrangência, para poder servir toda a população.

* CAO-(centro de actividades ocupacionais)

domingo, 22 de julho de 2012

Convivendo com o autismo

Um dia passado num programa de televisão.
Onde o protagonista é um actor especial.
Com talento e vontade de mostrar ao mundo, que o mundo também lhe pertence.
Fascinado e deslumbrado num papel que a sociedade ainda não entende.
Como é natural ao mesmo tempo ansioso,num directo.
Terá sempre uma mãe a proteger e guiar:
Podem ver aqui

Nota:a história só começa cerca ao 1:30;)

domingo, 15 de julho de 2012

"Primeiro os outros"

Cá em casa, cada um consome diferentes tipos de cereais!
Isto é quase uma regra, para o Bruno que não toca nos dos outros.

Mesmo que não haja dos que ele habitualmente consome, nos da irmã é que não toca, mesmo que haja várias embalagens dos dela ( e nos dos outros também não mexe)
Porque a irmã ralha, porque a irmã não gosta, porque a irmã se chateia :)

Só come se eu disser que pode comer, que a irmã não manda :), mas isto só serve para uma vez, na seguinte a cena repete-se.

Ontem, foi de propósito com pai comprar cereais para ele.
Fez a escolha,de uns idênticos à preferência da irmã, então hoje já não os comia, porque a irmã podia se chatear.

Vá lá a gente entender, o porquê desta necessidade!?

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Foi ontem!

Aniversário com um dia de atraso;)
Não quero parecer ingrata!
Deixo aqui uma um bolinho, que "roubei" na net:)
Mais um ano,já passou apenas alguns minutos!
Que o calendário acrescentou mais um;)
Sirvam-se e façam favor de ser felizes:))


Beijinhos a todos os que nos acompanham.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Respondendo a Questões!?

A presente entrevista faz parte de um estudo realizado para a elaboração de um artigo científico intitulado
A visão da família perante o Espectro de Autismo de Alto Funcionamento.
Deste modo, solicita-se a sua colaboração na resposta, o mais descritiva possível, às questões que se seguem.
Obrigada pela sua colaboração.
Porto, Outubro de 2009
4. Com que idade engravidou? 24 anos_______
5. Como foi a gravidez? (normal/ de risco/desejada – descreva tudo o que achar pertinente)
R: Normal e desejada de termo certo 40 semanas exactas
6. Como foi o parto? (vaginal/cesariana - descreva tudo o que achar pertinente).
R: eutócico sem complicações
7. Em que idade se apercebeu que havia algo de errado? Como detectou este problema?
R: Primeiras suspeitas aos 3 anos, mais fundamentadas com entrada no infantário aos 4 anos
8. Após quanto tempo recebeu o diagnóstico?
R: Primeiras avaliações psicológicas apontavam um quadro de subdotado feitas nos períodos compreendidos entre os 4 anos e os 7 anos de idade, durante vários anos andou com uma avaliação de perturbação emocional, (má gestão das emoções), seguiu se um diagnóstico de border line (este quanto a mim completamente desajustado)
9. Como e por quem lhe foi dado esse diagnóstico?
R: O actual diagnóstico de síndrome de asperger podendo também ser considerado autismo de alto funcionamento, foi dado directamente sem nenhum tipo de subterfúgios aos 18 anos, pelo Dr: Nuno Lobo Antunes
10. Qual a sua primeira reacção?
R: Apenas foi a confirmação daquilo que eu sempre suspeitei desde os primeiros sinais que estivesse relacionado com o autismo, embora fora do âmbito do autismo clássico.
11. O que mudou na sua vida depois desse dia? Que adaptações teve de fazer?
R: Nesse dia nada alterou.
Mas ao longo da vida tem alterado a nossa forma de convívio mais isolada, todas as alterações por mínimas que sejam tem de ser ponderadas e atempadas, é preciso fundamentalmente dar-lhe muita segurança. Necessita também de orientação diária...Tudo muito optimizado e estruturado.
12. Como encara actualmente este problema?
R: Em relação à síndrome, sei que nada posso alterar.
O hoje já não me preocupa, mas o amanhã aterroriza-me , por falta de estruturas de apoio, depois do pós escolar, o acompanhamento na vida adulta...
13. Qual a reacção dos restantes elementos da família?
R: Sempre foi aceite por toda a família e muito amado, tanto que a pediatra atribuía os sintomas a mimos...
Mina Viana
Nota- os 3 primeiros itens referiam-se aos nossos dados pessoais, que para aqui não são relevantes, e este estudo já tem alguns anos.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Literal

Para além do computador, não parar de soprar, e estar a modos que a pifar.
Ainda ficamos sem acesso há internet (e mesmo que ele não aceda muitas vezes, essa simples falha mexe com ele, que já tinha planeado ver uns sites).
Como sou poupadinha nas palavras, quando pai chega do trabalho.
Digo-lhe:Que estamos sem net.
Com o seu sarcasmo habitual o pai, responde-me:Quem não têm filhos não chega a net-os (indecifrável para este aspie).
O que faz com que o nosso rapaz, insista que não temos inter-net:)