Mãe e filho de mãos dadas trilhando os caminhos do autismo/asperger.
Numa partilha intimista e de coração aberto em sonhos e desalentos, numa vida vivida...
Ter um filho asperger não é o fim do mundo, mas o princípio de uma nova vida...
Valorizando os afectos...

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

A Ilha


Este livro é de uma escritora, da qual nunca tinha lido nada.
Que me encantou, e não tem nada a ver com o Autismo.
Mas com Lepra uma doença que eu já julgava extinta, há séculos, mas que ainda existe nos nossos dias...
Um romance cheio de magia, intriga, mistério, crime, traição, doença, amor...
Onde toda esta conjugação, nos deixa a querer ler o próximo capitulo, e até ao fim para perceber a mensagem.
O que para uns pode ser a vergonha, o medo o pesadelo, na visão de outra geração ser o heroísmo, o amor o vencer...
Como aquela filha veio parar às ilhas Gregas, desvendar o passado da mãe e das anteriores gerações..
Adorei estas 408 páginas que me impregnaram de uma bela história com todos os ingredientes, ainda por cima sobre um assunto que desconhecia totalmente, e que a autora, fez um belo trabalho de pesquisa.
Conseguindo uma mistura real com ficcional, como convêm a um bom romance.
Gostei muito, ficará na minha tabela dos dez mais xD

Deixo aqui o site da associação portuguesa amigos de Raoul Follereau, que vem inscrita na capa do livro, que a apoia esta causa

domingo, 27 de setembro de 2009

Fizemos o teste...Cidadania!...Ou talvez não?!...


Como milhares de portugueses, fomos dar o nosso contributo de cidadania dirigimo nos á assembleia de voto, para mais uma eleição legislativa.
E embora o Bruno já tenha 24 anos, e já tenha adquirido o direito a voto á alguns anos, passou por outras eleições em que não participou, tal como nós pais...
Hoje decidi, que estava na altura dele fazer a sua estreia e participar activamente num acto eleitoral, fazer a sua escolha, ou não escolha de um partido para o representar na Assembleia da República.
Não lhe dei nenhuma indicação em que partido poderia ou deveria votar, para não influenciar a escolha.
Mas informei-o das situações de voto nulo,voto branco, ou eleger um partido colocar a cruz no que escolhesse, explicação teórica.
Correndo o risco dele se "chibar", a dizer qual o partido em que a mãe votou, e de me questionar o porquê daquele e não noutro, eu assumiria o risco, para ele ver na prática.
Claro que eu sei que o voto é secreto , o que eu não sabia é que havia tanta complicação a srª. presidente da mesa de voto foi chamar a srª. representante da comissão nacional de eleições, que me referiu que o Bruno não pode assistir ao voto da mãe, nem vice-versa. Enquanto a mãe votou o Bruno ficou sentado numa carteira há espera...
E poderíamos ficar por aqui. Vir embora sem o Bruno votar, que essa era a opinião do pai.
Só como a mãe é teimosa e não gosta que a derrubem assim, continuamos o espectáculo, já com o pai a "soprar" e fora de cena xD
Mãe e filho subimos á secção de voto onde ele faria a sua escolha, dei-lhe o B.I. e a folha A4 que é o novo cartão de eleitor.
E disse entregas aquele sr., a quem expliquei de novo que o Bruno tinha uma perturbação do espectro do autismo, e mantive-me á porta na minha vigilância...
O Bruno pega no boletim de voto, leva a caneta fornecida pela mãe, dirigiu-se por breves segundos ao privado, não terá achado confortável rsss, foi-se sentar nas carteiras encostadas ao quadro.
E afinal ele já tinha uma escolha feita , que depois argumentou comigo de uma forma coerente.
Mas sentadinho, ali na mesinha, escreveu no boletim o nome do candidato em que votava e nada de por o X, enquanto as pessoas que se encontravam a fiscalizar a mesa eleitoral, comentavam: Nós temos tempo!...
Cansada da" brincadeira", desloquei-me até ao Bruno, para lhe dobrar a folha em 4 e ele colocar na urna.
Pelo menos fizemos a experiência, não sei se repetirei, aliás até referi que seria a a 1ª. e última vez, que nos sujeitaria mos a esta prática.
E deixe-mos que o Bruno continue cidadão de 2ª., sem direito a escolha.
Que como eu volto a insistir, eles tem capacidades, mas necessitam de orientação, foi ele que fez a sua escolha, que até fiquei admirada pela coerência da mesma, e soube que tinha assistido á campanha eleitoral, e estava informado.
O voto não vai ter o efeito, que o Bruno lhe quis dar, será um voto nulo, eu diria um voto "Aspie", que queria eleger a pessoa, por isso escreveu o nome rsss

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Mimos,meus...


Adoro, estes miminhos e os outros que o meu filho me dá.
Saborosos, gulosos, apetecíveis, vai sempre mais um...
Esqueçamos a dieta, e façam favor de se servir rsss, com um galão, ou uma "bejeca", vamos há meia dúzia, e se fosse na histórica pastelaria, ainda me saberiam melhor...

Ainda mais a mim que esta pastelaria e estes deliciosos pastéis fazem parte da minha vida...
Levam-me sempre até á escola "Paula Vicente", o descer a calçada da Ajuda e apanhar o autocarro ali mesmo perto com cheirinho do pastel de Belém.(nem sempre havia o "guito", para comprar)

Hoje , o meu Bruno trouxe-me directamente, destes mimos meus, um bocado "amarrotados", mas com a mesma doçura...
Pronto "meninas" não se preocupem que ninguém lê isto rssss, p`ra próxima podem vir mais rsss

Fica aqui um pouco da história destes pasteis de Belém que bem inscrita na embalagem:
Em 1837 iniciamos a fabricação dos pastéis de Belém, segundo uma antiga receita do convento dos Jerónimos que diariamente renasce na nossa fábrica pelos mesmos processos artesanais.
Os pastéis de Belém proporcionam hoje o paladar da antiga doçaria portuguesa

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Os climas


A imagem retirada da net, é muito ao gosto dele e adequada ao texto que escreveu..
O estudo dos climas...Numa versão muito prática...
Mãe Mina

Clima temperado Mediterranico
O Clima temperado mediterranico é um clima que tem Invernos suaves e chuvosos e Verões quentes e secos.
Exemplo: Portugal

Clima temperado Continental
O Clima temperado Continental localiza-se em locais afastados do mar tem grandes amplitudes térmicas anuais com Verões quentes e Invernos frios.
Exemplo: Bielorrussia

Clima temperado Marítimo
O Clima temperado Marítimo localiza-se em locais próximos do mar. O mar suaviza as temperaturas e faz com que os Verões sejam mais frescos e os Invernos menos frios.
Exemplo: Reino Unido

Clima tropical
Apresenta apenas duas estações a estação das chuvas e a estação seca.
Exemplo: Guiné-Bissau

Clima equatorial
Temperaturas elevadas e chuvas abundantes todo o ano.
Exemplo: Singapura

Clima árido
Clima com temperaturas de dia que podem chegar aos 40 graus mas de noite podem descer abaixo de zero graus. Tem pouca chuva ou mesmo nenhuma.
Exemplo: Egipto

Clima frio polar
As temperaturas são baixas praticamente todo o ano
Exemplo: Antárctida

Bruno V.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

A Febre do Telemóvel


Durante as férias o Bruno esteve mais activo na escrita, e para me calar foi escrevendo umas coisas, para publicar.
Ora toma lá!... Para não dizeres que eu não escrevo nada, rssss
Mas deu-me instruções para publicar por determinada ordem logistíca segundo ele rssss
Então cá está um do género queixinhas, repetitivo e observador... e que vem de encontro à relação "cão e gato" dos manos loool
Até o titulo, foi escolhido por ele, os adolescentes que me desculpem mas eu acho genial, ihihihi
Mãe Mina

A minha irmã não pode andar sem o telemóvel.
Está dependente do telemóvel.
Vai à casa de banho, leva o telemóvel.
Vai almoçar ou jantar, leva o telemóvel.
A minha irmã quando sai de casa para passear, leva o telemóvel.
A minha irmã quando não está no computador está a ver televisão e no telemóvel.
A minha irmã quando está nas aulas mesmo a fazer testes, leva o telemóvel.
A minha irmã está sempre a mandar mensagens para os amigos virtuais e a minha mãe passou-se mesmo a sério com ela e queria ligar para a polícia para saber quais são os números de telemóvel para quem a minha irmã anda a mandar mensagens.
A minha mãe enervou-se porque a minha irmã desobedece e não faz aquilo que a minha mãe manda está sempre a mandar mensagens.
O que estamos a pensar é eu e a minha mãe irmos viver para um lugar e deixar-mos o pai e a minha irmã cá sozinhos porque eles os dois dão-se bem um com o outro.

Bruno V.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Dá-se-me um nó na garganta!...


Eu sei que os irmãos, não tem obrigação nem responsabilidade uns para com os outros, mas tem o dever de se respeitar...

E fico sempre muito preocupada, quando a minha filha se sente revoltada (talvez até envergonhada) o que é legítimo por ter um irmão diferente, que ela nunca aceitou muito bem apesar de ser mais nova, quando era mais pequena chantageava .

Há dias, chateou-se com ele, porque ele é um queixinhas e picuinhas e como era o dia dele estar na Internet e ela não saía do PC ele "virou-se" a ela...

E ela muito danada fez favor de me dizer, que ele para ela não existe, e que quando nós morrer mos, não vai querer saber dele para nada, para o entregar-mos a uma instituição...

Não acho nem nunca foi minha intenção que ela tenha de ter essa sobrecarga, mas acharia natural que viesse a orientar e a não deixar que o irmão seja enganado...

São os meus pensamentos egoístas a dominarem-me, pode ser que até lá tudo mude...

sábado, 19 de setembro de 2009

Decisões , Dificíeis!...


Esta manhã fomos á consulta de psiquiatria,(rotina) que em média o Bruno vai 3 vezes por ano.
Ao entrar o médico ou por distracção ou para o testar, deu os parabéns ao Bruno, que fez logo questão de referir que só faria anos dali a seis meses, e nem sequer era a 18 mas sim a 19.
A seguir ele sugeriu ao médico que lhe receitasse o Tamiflu, para prevenir a gripe A rssss

O Bruno, não tem tomado já há vários anos por opção nossa qualquer tipo de medicação química, é claro que tomamos esta decisão conscientemente, e com a conhecimento médico, sempre que possível preferimos alguma agitação motora, a uma sedação...

Só que anda, muito mais instável principalmente desde que está em CAO, todas as suas estereotopias têm aumentado de intensidade e forma, e penso que também a incerteza no futuro e a falta de concretizações, o andar-mos só nas meras suposições, não lhe dá nenhuma estabilidade emocional, que lhe permita regularizar-se de alguma forma...

Como tal, e uma vez que não há respostas, que eu julgue estabilizadoras, vou ter que ceder á pressão dos químicos e começar a ministra-los.
Terapia que começamos hoje, com a conhecida risperidona, com a qual ele já fez uma vez teste há uns dois anos atrás, e que referiu provocar-lhe palpitações, a ver vamos como o organismo reage desta vez, embora o médico me tenha dito que não haveria esse efeito e poderia ser sugestão dele,o que eu acho pouco provável o Bruno ter esse tipo de sugestões, porque acredito que ele só refere factos concretos.

Ainda fiquei com outro tipo de medicação mais sedativa em carteira, que só mesmo em último recurso. Não sou fundamentalista mas se os poder evitar, evito, até porque qualquer medicação que cause habituação, me faz muita confusão essa dependência.
Logicamente que tudo tem de ser com conta peso e medida e á doenças crónicas cuja qualidade de vida depende da medicação, que impere sempre o bom senso...

Estas são as vicissitudes de uma vida, dividida entre dois rumos o que a mãe acha, e o que a sociedade permite...

Até lá ficamos com nova consulta agendada, para 15 de Janeiro de 2010, foi o Bruno que serviu de agenda referindo que esse dia era a uma sexta-feira, único dia da semana em que o médico dá consultas, por estas "bandas".

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Acontecimentos de vida



Ainda na sequência dos documentos anteriores, e da mesma época, os acontecimentos e aprendizagens...Também vistos pelos olhos do Bruno.
A prova, provada, de que sentem igual e até têm projectos, e nem estão assim tão longe dos meus (nossos) pensamentos.
Expressos de uma forma particular...
Mãe Mina
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Retrato de vida



Este retrato de vida, foi feito pelo Bruno na mesma altura da minha fotografia o documento anterior, onde ainda revelava sonhos de poder aplicar os conhecimentos...
E perspectivava ter uma ocupação profissional...
Mãe Mina

A Minha Fotografia



Este foi o auto retrato, que o Bruno traçou aos 18 anos, já passaram seis anos!?...
Quero muito acreditar, mas a esperança vai-se diluindo no tempo, tenho de a recuperar...
Mãe Mina
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terça-feira, 15 de setembro de 2009

Viagem à Madeira



Aqui, ficam mais uma vez os registos fotográficos da ilha, numa escolha difícil, onde o verde abunda e nas rochas nasce água que brota pelas encostas, acompanhem com a escolha musical do Bruno, que ele associou à beleza da ilha...
Mãe Mina

Na sexta-feira encontrámonos com a Noris e o M. no Fórum Madeira.
E depois fomos ao Centro da Cidade do Funchal e mostrei o jardim onde fizeram o discurso daquilo que gostaram, o restaurante onde jantavam e o Centro Comercial Dolce Vita.
No sábado mostrei a Pousada da Juventude onde dormi e fomos de autocarro até ao Monte onde vimos uma multidão a andar nos famosos carrinhos de cesto do Monte e depois regressámos ao Funchal de teleférico.
No domingo demos umas voltas pela cidade de autocarro fomos à Praia Formosa e ao Pico de Barcelos.
Na segunda-feira alugámos um carro e vimos o Cabo Girão. Fomos à praia da Calheta não tivemos tempo para tomar banho porque o parque de estacionamento é a pagar. Depois fomos ao Miradouro da Ponta do Pargo. Depois de passarmos a ponta do Pargo o tempo mudou e fez nevoeiro e choveu um pouco e não deu para tomarmos banho nas piscinas naturais de Porto Moniz depois subimos o Paúl da Serra e disseram-me que era o único local plano que há lá na Madeira e era para ser lá o aeroporto da Madeira. E disseram-me que o aeroporto da Madeira não foi construido no Paúl da Serra por causa do nevoeiro. E foi por causa do nevoeiro que não se conseguiu ver nada no Paúl da Serra a não ser as vacas junto à estrada. Voltámos ao pé de Porto Moniz onde vimos o véu da Noiva até Santana ainda vimos mais duas cascatas. Em Santana a mãe tirou fotografias às casas tipicas da região, Depois páramos na praia em Machico que juntamente com Calheta são as duas praias na ilha da Madeira com areia. Depois regressámos ao hotel.
Na terça-feira fomos à Eira do Serrado onde se vê o Curral das Freiras que também fomos lá. Voltámos para trás e fomos até ao Pico do Areeiro, um dos pontos mais altos da ilha da Madeira. Aí é um espectáculo as nuvens andam por baixo de nós. Depois fizemos um piquenique. Depois do piquenique fomos à Camacha e à ponta do Garajau onde está lá um Cristo-Rei. Depois fomos à Ponta de São Lourenço, o ponto mais oriental da ilha da Madeira. Depois o pai pôs gasolina e devolveu o carro.
Na quarta-feira fomos de barco até Porto Santo e ficámos na praia. Estivemos na esplanada num restaurante para ser atendidos e ninguém nos servia o almoço. Nesse restaurante vimos uma mulher a fazer de estátua e quem quisesse tirar uma fotografia tinha de pagar.
Na quinta-feira as coisas correram-nos mal:
Depois do check-out no hotel.
Primeiro fui eu que me esqueci das sandes do almoço no autocarro. Eu pensava que a saída do autocarro não era naquela paragem mas sim um pouco mais à frente o que me pôs em stress. A seguir fomos andar nos carrinhos de cestos do monte tivémos de pagar 50 euros para andarmos todos.
A minha mãe depois de andar nos carrinhos de cestos no monte ficou arrependida. Porque queria apanhar autocarros do Giro no Livramento e não havia e mesmo que houvesse havia poucos e poderiamos ter de esperar mais de meia hora para apanharmos o giro. A minha mãe procurou jardins onde pudessemos fazer o piquenique. Descemos, descemos, descemos até chegarmos ao centro da cidade do Funchal já estavamos muito cansados e apanhámos o autocarro e saímos no jardim onde um senhor me tinha ameaçado matar. Comemos lá o meu pai teve de comprar sandes no Dolce Vita. Depois a minha mãe sujou as calças e eu fiquei a rir e a minhã mãe ameaçou-me com a garrafa de água. Aquele jardim para mim é o jardim das ameaças porque sempre que eu vou a esse jardim sou sempre ameaçado. Depois também o pai entornou a bebida e sujou-se .. E a minha mãe também me viu sujo na paragem do autocarro para o hotel. Só faltava a minha irmã também estar suja para nos termos sujado todos. Depois fomos para o hotel à espera que alguém nos levasse para o aeroporto. Para casa o avião não tinha videos como quando fomos para lá.
O meu pai só queria andar de avião para experimentar e não gostou porque tem de se estar no aeroporto duas horas antes da partida para se fazer o check-in e o meu pai achou aquilo uma seca porque depois do check-in tem de se esperar para entrar no avião. E também porque depois de se sair do avião tem de se esperar muito tempo pela bagagem.
O tio V. Levou-nos até ao aeroporto e buscou-nos.
Deixámos o nosso carro na casa dele e foi ele que nos levou ao aeroporto.
No dia da chegada ainda estivémos na casa do tio V.
Chegámos a casa à meia-noite.
Fim da viagem.

Bruno V.

domingo, 13 de setembro de 2009

Levamos os beijinhos até à ilha da Madeira


O encantamento do Bruno, pela ilha convenceu a família a querer conhecer...
Fomos mais longe e cruzamos o oceano por um dia, até a ilha de Porto Santo.

Encontramos paisagens magníficas, na ilha da Madeira, ,num sobe e desce montanhas, num clima a ameno o dia inteiro sem grandes oscilações de temperatura, mesmo nos locais onde choveu, só o vento refrescava...
Em Porto Santo limitamo nos à praia, de água quente e areia fina.

Mas mais nenhum de nós ficou tão apaixonado pela ilha, contrariamente ao que poderia parecer, preferimos a tranquilidade da nossa zona Oeste ao reboliço do turismo multilingue na ilha... Não, que já não o soubessemos ,mas confirmamos...

E, se férias é sinónimo de descanso, mentiria se disse que foi o caso...

O estar fora do nosso espaço, interfere com a nossa estabilidade interior, de querer ir a todo lado, e ter de "controlar" o Bruno 24 horas por dia os movimentos e posturas do Bruno, cansa, porque não é a mesma coisa ele estar em casa a fazer todos os ruídos e movimentos estereotipados que são inerentes à sua condição de portador de síndrome de Asperger, que também nos incomodam e cansam em casa, mas ganham uma dimensão maior fora do nosso "canto".

O pai então veio exausto, porque preza muito a sua privacidade, e estar na "mira" de outros olhares deixa-o incomodado.
Ainda para mais partilhou o quarto com o filho, que naturalmente tem dificuldade em adormecer em outras "tocas", que não a sua...

A mãe, partilhou o quarto com a filha, num trec-trec... constante de sms que me ia dando um "treque", este vai e vem de sms o dia inteiro sem parar, nem para almoçar, para a atravessar a estrada nem tem preocupação de olhar, à noite então é de enlouquecer...

O Bruno foi o nosso guia, que se regulava pelos caminhos que já tinha passado anteriormente, e quando havia alguma alteração de percurso não assinalado, ficava irritado, por não haver placas a indicar...
Ele continua a apostar na ilha da Madeira, até queria que o pai fosse para lá trabalhar, rssss
O clima continua a ser a sua principal influência na escolha.
Despediu-se dos túneis, como de alguém importante se tratatasse, rsss.
Ah!.. E confirmou que são mais de 100 túneis, que rondarão os 140, segundo informação dada pelo guia que nos conduziu ao hotel.
Isto porque o Bruno começou a fazer a contagem entre o aeroporto e o hotel , já ia em 15 loool

Estamos de volta mais cansados ,do que fomos... Será normal?!...

Nota- Os beijinhos foram entregues pessoalmente à Noris e ao M., e são extensíveis a todos os leitores do blog, mas só eles os poderão comer rssss

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Max , versão Rafeirinho...


Estava abandonado, numa rua de Lisboa, já com mais de um ano de rua...
Segundo rezam as crónicas abandonado por duas famílias.
O destino seria a chamada "carroça" que os levaria para o canil, e possivelmente à posteriori o abate se não fosse adoptado (pelo menos antigamente era assim).
Mas este olhar cativante seduziu a "madrinha" Zá, que quando levava à rua o seu caniche lhe aparecia sempre este fiel amigo.
Um dia foi-nos apresentado e também nós ficamos encantadas com este olhar doce e suplicante, a miúda ficou maravilhada e fartou-se de pedir para que o trouxessem, a "madrinha" Zá lá o trouxe...
Nos primeiros dias foi uma alegria apresenta-lo aos amigos as brincadeiras, e também as diabruras que foram muitas, um vadio embora agradecido, queria era por-se em fuga e roía tudo que apanhasse desde roupa até as mangueiras, furos por tudo quanto é terra, uma autêntica revolução...
Já tinha-mos tido imensas ofertas, de cachorrinhos, gatinhos com pedigree, sem pedigree, mas nunca aceitamos.
Eu até nem sou a pessoa mais indicada para falar neste assunto, até porque não faço parte nem sou protectora dos animais, pese embora também não lhes faça mal, e tenho pena de os ver mal tratados até por aqueles se apelidam seus defensores...
Até porque sempre fui muito renitente em ter um animal, porque implica responsabilidade e disponibilidade, e tal como um filho não se abandona.
E a adopção de um animal, não deve ser feita de ânimo leve, deve ser um acto de amor e ter a certeza que o animal é para vida.
Eu assumo este como um "neto", que foi muito desejado pela filha com a qual fui cúmplice , que tal como muitas pessoas confundem os sentimentos e agora nem passa "cartão" ao cão, tudo que faz ao animal é obrigada e forçada a fazê-lo.
Nas férias o animal continua a pertencer à família, sejamos conscientes e arranjemos soluções...
Até breve...