Mãe e filho de mãos dadas trilhando os caminhos do autismo/asperger.
Numa partilha intimista e de coração aberto em sonhos e desalentos, numa vida vivida...
Ter um filho asperger não é o fim do mundo, mas o princípio de uma nova vida...
Valorizando os afectos...
Numa partilha intimista e de coração aberto em sonhos e desalentos, numa vida vivida...
Ter um filho asperger não é o fim do mundo, mas o princípio de uma nova vida...
Valorizando os afectos...
domingo, 4 de outubro de 2009
Raízes...
Sinto paz nestas paisagens bucólicas, perdidas na imensidão ...
Naquela natureza de novo selvagem, embora sem a formosura de outrora...
Aqui, nestes lugares mágicos, recordo a minha infância, o cheiro da terra molhada, o chilrear dos passarinhos, as águas a rolarem pelas ribeiras, o verde da vegetação, os frutos que ia "penicando" aqui e ali...
As pessoas, todas se cumprimentavam, eram todos primos e primas, as casas de xisto com os fumeiros, os animais que passeavam no campo, de ir levar as cabras e as ovelhas para o pasto, de dar milho ás galinhas e chamar-lhes pita, pita, pitinha!...
De andar com pés descalços, a regar as leiras de milho, que bem me sabia aquele contacto...
Viajar na carroça do burro, eram umas férias magníficas.
E o presunto , os queijos e os enchidos,da tia Augusta, que estavam na adega há espera dos veraneantes...
Isto era vida, era sentir, os lugares recônditos, caminhávamos a pé, e respirávamos a plenos pulmões.
São memórias vivas, que guardo nos meus recantos...
Não posso estraga-las com o abandono a que a maioria das aldeias foi vetada, há muitas mais acessibilidades e foram criadas algumas infra-estruturas que ainda assim não "agarraram" as pessoas ao interior...
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4 comentários:
Este post fez-me viajar no tempo. Os miúdos terão recordações destas...a infância terá ainda o mesmo gosto ?
Que bela descricção desse lugar encantado. Beijinho
Eu entendo embora as minhas vivencias fossem outras. Vivo na cidade, onde sempre vivi. Mas também tenho saudades do cheiro a café acabado de fazer (de saco), o cheiro a roupa lavada na ribeira. Pelo menos destes dois tenho muita saudade. kisses
Grilinha
Acho que hoje em dia as crianças só conhecem o frango no supermercado, que se perderam se algumas coisas, em troca de outras...
De vez enquanto sinto esta nostalgia, e preciso de lá me ir, para me reencontrar, e nem sequer lá passei muito tempo, mas o tempo que lá estava era de qualidade e liberdade que não havia na cidade...
As aldeias do interior estão a perder a identidade, nunca mais encontrei presunto com os mesmo sabor do da tia Augusta.
bjocas
Avogi
Sim até os cheiros eram outros, muito menos poluição, se ganhamos em bens materais, perdemos no ar que respiramos.
Até elemento água que era domimante nestas paragens, está cada vez mais disperso, e a roupa lavada na ribeira hoje em dia seria mais o sujar a roupa rsss as ribeiras estão a servir de esgotos...
bjocas
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