Mãe e filho de mãos dadas trilhando os caminhos do autismo/asperger.
Numa partilha intimista e de coração aberto em sonhos e desalentos, numa vida vivida...
Ter um filho asperger não é o fim do mundo, mas o princípio de uma nova vida...
Valorizando os afectos...

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Fico feliz...

Num dia "chocho", naqueles em que nada me apetece (secalhar, só mesmo enterrar a cabeça na areia).
Tento, encontrar alento, pergunto ao Bruno se quer ir dar uma volta, mas curta.
Que a mãe não se sente bem, nem física nem psicologicamente.
Ele como sempre alinha, só que não aceita a minha proposta.
E quer uma volta maior, um caminho que ainda não fez.
Gosta de explorar novos percursos.
Digo-lhe hoje não dá, vamos só caminhar 40 minutos, por isso daqui a 20 voltamos p'ra traz.
Mas ele insisti, e lá fomos, acabei por nem reparar nas horas e fizemos o percurso estabelecido por ele, em uma horita...
Em conversa, por ele não perceber porquê que a mãe está triste (explico-lhe as dores que me vão na alma) mas ele não entende!...
E pergunto-lhe, tu nunca ficas triste filho? E, ele responde me, raramente...
Para ele a tristeza implica, maioritariamente a dor física...Felizmente tem sido um rapaz saudável.

6 comentários:

Grilinha disse...

Como te dizia no outro dia, Mina....

Por vezes gostava de ser um pouquinho Aspie !

Será possível não sentir tristeza ? Eu sei que as emoções são boas....etc, etc...mas também nos dão muito desconforto....

Quem está mal ? Achei que não eramos nós, mas não sei....

Beijinhos de quem tb tem dores de alma

Mina disse...

Grilinha
Ás vezes dava jeito fechar a torneira das emoções, eu serei o oitenta rsss
Mas também temos as emoções que nos dão prazer a alegria e o contentamento.
As manifestações destas emoções já por si são mais femininas, talvez por isso nos caiba o papel de dar à luz. Não quer dizer que o sexo masculino não sinta, na maioria não serão tão expansivos, por uma questão cultural e educacional, embora mas últimas decádas já soltem mais essas emoções, p'ro bem e p'ro mal é importante sentir.
O meu aspie até sentirá, não sabe é muito defenir estes sentimentos, e é certo que não se expande nem choros nem eu risos...
bjocas

AvoGi disse...

Queria escrever qualquer coisa mas passou-me , tenho de ler o artigo novamente entretanto fica com um kis

Mina disse...

Avogi
loool
Foi enfarte das favas, esqueceu-se :)))
Joquinhas e boa noite

Fê blue bird disse...

Tantas vezes também me acontece, estar triste, abatida( por tantas coisas que nos preocupam). Mas os filhos sempre os nossos queridos filhos têm o poder de nos "melhorar".
Não é fácil, nada fácil!
Um beijinho minha querida.

Mina disse...

Fê-blue bird
Os nossos filhos tem o poder de nos levantar, senão fosse ele nesse dia teria ficado na cama a "carpir" as mágoas rsss

São sempre eles as nossas prioridades...
bjocas