Mãe e filho de mãos dadas trilhando os caminhos do autismo/asperger.
Numa partilha intimista e de coração aberto em sonhos e desalentos, numa vida vivida...
Ter um filho asperger não é o fim do mundo, mas o princípio de uma nova vida...
Valorizando os afectos...

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

E se!?...O pai também for Asperger?!...


Acredita-se nos dias de hoje que a Síndrome de Asperger tenha também uma base genética...

Será?!...Que as companheiras estão disponíveis, para aceitar o parceiro da mesma forma que aceitam os filhos?!...Sendo a maioria das mulheres românticas "caso nunca lhes oferecessem uma flor, ou lhes dirigissem uma frase de amor"?!...
Se não tomam a iniciativa nos afectos, nem percebem que você precisa de carinho!...
Se imprimem na sua vida social um isolamento não alimentam amizades e começa-se a fechar o circulo.
Também não transmitem os afectos aos filhos, simplesmente porque não os sabem dar...
Podem até ser inteligentes, bem sucedidos, e passar despercebidos neste mundo que não é o seu!...
Será que se toleraria e aceitaria da mesma maneira que a um filho, investindo em quebrar o "rochedo"?!...
Conseguir-se-á alguma vez transformar esta pedra, ou só lápidá-la?!...

"Quantas vezes, ao observar o casal progenitor sentado à minha frente no gabinete de consulta, não são necessários mais do que alguns minutos para perceber que o pai «também tem», embora, eventualmente, numa forma mais camuflada".
Acrescento ainda os "princípios básicos da hereditariedade, «as maças não caem longe das árvores»".
Estas duas últimas frases foram retiradas do livro "Mal Entendidos" do Dr: Nuno Lobo Antunes

17 comentários:

Margarida disse...

Amiga
Li com atenção e sinceramente não sei que lhe diga. Será mesmo hereditário? Penso que só quem vive de perto com a Síndrome poderá constatar se de facto esse factor pode ser verdadeiro.
Já tinha saudades de passar por aqui e ler estes textos seus.
Bj

PDD-NOS (Menina) disse...

Tenho pensado muito nisso, será que não é mesmo hereditário?
Se há uma base genética, também pode ser herditário sim.
Espero que um futuro próximo nos traga algumas respostas, a tantas e tantas perguntas que ecoam no nosso cerebro.
Bjs Bete

Grilinha disse...

O nosso cérebro é uma fonte de mistérios e ainda há muito por descobrir. O que hoje é verdade, amanhã pode ser mentira. Mas sim....há uma componente genética, pois a probabilidade de um irmão vir a ter autismo ou S.A é maior. Então...quem sabe dos ascendentes ou descendentes ???

O futuro trará a resposta ?

Beijinhos

Mina disse...

Margarida
Eu tenho, poucas dúvidas em relação á que essa base genetica esteja muito presente nesta síndrome.
E tal como o dr. Nuno também escreve, muitas vezes as companheiras só começam a compreender que também está presente no marido, aquando do diagnóstico do filho.
E eu por experiência própria, comecei a reparar em algumas semelhanças no pai do meu filho, que se enquadram de uma forma mais acentuada na síndrome, e comecei a rebuscar no passado dele algumas ligações a esta síndrome e encontrei, que desde criança também o pai teria já muitos sinais muito mais subtis que os filho, o que o tornou uma pessoa adpatável á esta realidade em que vivemos.
Agora também me restam muitas dúvidas em relação a evolução perante o nosso caso o quadro agravou-se o que era ínvisivel num, tornasse muito mais desajustado no outro...
Isto sem nenhuma especíe de culpas, porque ambos são pessoas puras incapazes de fingir e aí eu também tenho a minha dose de Asperger kkk
Bjocas

Mina disse...

Bete
Cada vez se fazem mais estudos, a nível de comportamentos há desde logo uma similitude no sexo que prevalece é o masculino.
Pelo menos a teoria da mãe geladeira já foi á muito descartada, agora analisasse esta hipotese da genetica que acho muito mais fundamentada, embora ainda se possa evoluir muito mais se investirem na investigação...
Por agora parece-me que as comparações entre pais e filhos ainda só se verificam a nível de comportamentos, que não são efectuado testes fisicos, o no cerebro acumula tanta função que basta ali um pequeno "fio" desligado para alterar os comportamentos...
A hereditariedade, não se aplica a que passe para todos os filhos, e nem sei se o risco será muito maior!?...

Mina disse...

Grilinha
Acho que a necessidade de comunicação cada vez maior, vai revelando mais casos uns serão outros não!...
Enquanto não houver, tipo uma analíse clinica que dê uma resposta, ficamos no campo especulativo e das suposições...
Eu não cheguei a privar com o meu sogro, mas já ando a fazer a árvore geneológica paterna para chegar de onde bem esta ligação e já consegui encontrar até duas gerações atrás algo que se possa relacionar, no bisavó do meu filho, já podia haver alguma ligação, segundo relatos do meu marido, o avó era um "pau mandado", a avó é que dominava, numa época em que o macho era o ser dominante e antigamente nem se dava tanto valor aos afectos, o homem era chefe, enquanto a mulher cosia as meias neste caso os papéis estariam invertidos kkk.
Mas outra questão que gostaria de levantar, e em vez do pai Asperger.
O marido Asperger, não será a mesma coisa?!...
Bolas que "tipa"(eu) que procura respostas para tudo!...
Bjocas

Atena disse...

Sabemos bem como esta pergunta e muitas outras nos assolam tantas vezes, não é mães? Perante a falta de respostas concretas, há muito que eu deixeí de afirmar fosse o que fosse sobre isto, tenho dificuldade em ter uma tendência sobre tantas hipóteses que se colocam como resposta para o porquê do Autismo (dos vários tipos). Apenas prossigo em busca de novidades e de saber que investigações estão em curso, até poder ouvir um dia, que se provou a causa! Actualmente investiga-se como actua a serotonina no cérebro e em alguns casos do Espectro do Autismo, esta actua significativamente - daí alguma medicação funcionar em alguns casos (risperidona). Também se estão a efectuar experiencias com ratos que sairam notíciadas à pouco tempo... enfim esperemos, continuem a haver fundos para estas investigações em outros países. No meu caso, o factor puramente hereditário directo não tem sentido, pois que nem eu nem o meu marido ou familia mais chegada ascendente revela particularidades inerentes ao quadro (temos outras:D). Mas a verdade é que tenho um sobrinho Asperguer e outro com QI elevado e sinais de asperguer também, mas já é adulto. Das minhas leituras e buscas por vários sites internacionais e revistas, começo a achar que a Perturbação advém de vários factores interligados: génético, ambiental, biológico e eventualmente de complicações no parto (pré e pós) ou anestésicos usados.
Talvez como no cancro ou outras doenças - a hereditariedade tem o seu peso - mas para um quadro de Autismo têm de haver mais factores a despoletar a coisa. A hereditariedade tem então o seu peso significativo, mas não é o único, nem é "matemático" senão quem tem um filho com esta problemática teria os outros também sempre com a mesma, ainda que em graus diferentes. Tal acontece mas nem sempre, aliás a percentagem de reincidência é pequena 8-10% - logo a hereditariedade por si só não chega para resposta. Há um factor que desencadeia e que pode repetir-se ou não - seja ambiental, infeccioso, dificuldades no parto, exposição a químicos ou radiações, alimentação contaminada etç... todas as hipóteses estão em aberto. Também conheço outras correntes explicativas como as mais trancendentais: as crianças indígo/cristal, ou uma nova geração de seres que vêm para obrigar o mundo a transformar-se...
O que eu sei é que temos sede de informação concreta e avanços científicos, desde logo porque o não saber nada, desatina a nossa mente, e depois por tantas outras coisas: uma descoberta de cura, ou melhoria substancial; uma forma de saber préviamente antes de nascer um filho para se poder optar ou ajustar a vida; uma dismistificação sobre o problema na sociedade em geral... tanta coisa, que parece que estamos sempre na estaca zero!
Grande abraço Mina, e obrigada pelo post tão oportuno.

Visite www.arteautismo.com disse...

Oi Mina,
To aqui parada a tua porta e até com medo de falar rs.
Voce foi fundo hoje hein...
ah danadinha da Mina e suas indagações. Ufaa....
Ó eu não sei de nada não viu?
Não me comprometas....rs
Será hereditário?
A gente será que transmitiu ? Ou foi o pai?
Se foi o pai aqui , ele dá um duro com Filipe para todo lado rs.
Deixa isso pra lá.
A gente já compreende tudo mesmo né?
O que mudaria?
Nada.
Enfim a vida continua e o sol aqui tinindo , eu tô zonza de tanto calor. a pouco fui estender roupa na corda , os raios me racharam e pinguei suor pelas costas. Usei filtro claro , pois o sol não tá de brinquedo, não Mina.
E acho hoje que vem um temporal daqueles hj a tarde. Em Sp chove a 46 dias. Coitados dos paulistanos . Tem gente mudando de São Paulo por conta das enchentes.E hoje até paguei mais pelas flores no mercado , a chuva tem atrapalhado a produção.Minhas flores vem de lá.
Viu Mina , desviei do assunto kkkkkkkkkkkkk e olha porque não me segues no meu blog? assim é mais fácil vir aqui, é só clicar.
beijocas e olha respondi lá na quimzuba que o P.J armou pro Bruno.
Não gostei disso não.
Um beijo em Bruno beijão pra ti.
Ray

Visite www.arteautismo.com disse...

Mina voltei.......
fiquei pesquisando sobre asperger
e cheguei a conclusão de que meu marido não tem.
ele veio do nordeste para cá com 13 anos e se virou sozinho. Como não tinha casa , foi logo se engajando no Exército e se virando sozinho . Sem mãe , nem pai. Pois eles estavam no Nordeste.
Fez carreira e fez a faculdade de Direito. Hoje na reforma advoga , sendo especialista em direito do consumidor.
O cabra se virou sozinho. hehehe
Nas horas vagas , caminha com Filipe , leva-o a praia e para os atendimentos.
É um pai muito presente diga-se de passagem.
Mas filipe é autista não asperger né?
As vezes ele dá uma de asperger, mas não o tempo todo. As vezes troca as bolas de tudo, o danadinho é bom é de pintura.
Enfim amiga como diz Caetano de perto ninguem é normal!
Ray.
Olha a frase de Temple Grandin , um asperger de grande funcionamento.


"Se eu pudesse estalar os dedos e não ser autista, eu não faria - porque então eu não seria eu. Autismo é parte de quem eu sou." Temple Grandin

AvoGi disse...

Mina
Não sei até que ponto isso é verdade. na realidade os nossos filho são o produto de nós, dos nossos genes. Naturalmente nós transmitimos as parecenças físicas como as psíquicas. Daí acredito que haja uma hereditariedade também nesse factor. E porque não? não seria de admirar. Por vezes podem não ter sido os pai ou a mãe mas sim algum familiar mais antecedente que tivesse esse síndroma e que a família nunca tenha chegado a tocar no assunto. E se é genético pode se hereditário. Esperemos que daqui para frente com o avanço das pesquisas e investigação acabe por suavizar todas a dúvidas que advém de quem convive diariamente com síndroma. Até lá o coração anda aos saltos e desassossegado. kisses
E já estava morta de saudade pela demora. Nunca mais nos ponha tanto tempo à espera de um texto

Mrs_Noris disse...

Eu tenho a quase certeza que é hereditário.
Mas pior seria se o pai fosse ladrão ou traficante :)!
Não vale a pena se aborrecer por isso. Veja bem Mina, a minha mãe não tem Asperger, no entanto, não me lembro de receber, dela, qualquer manifestação de afecto. É tudo relativo, é tudo uma questão de personalidade. Se não é, faz-se de conta.
Kisses.

Mina disse...

Cristina
Não conseguindo, nós apenas leigos esclarecer tantas dúvidas que se nos põe, não sei se leu, e já que falei do livro do Dr: Nuno Lobo Antunes, que nós sabemos que é uma das pessoas que mais têm investigado e que conhece muito mais casos que cada um de nós , e que connosco quiz partilhar as suas impressões e explicações.
E por achar de grande interesse assim aqui transcrevo uma parte de texto o que não invalida que leiam o livro na sua totalidade. Eu confesso que ainda só me debrucei sobre este capitulo da síndrome, e depois do "esmiuçar" irei ver os outros capitulos e também tentar perceber as outras patalogias lá referidas:

" Muitas vezes os pais perguntam se o filho têm Autismo ou SA.. Não parece fácil entender que a SA é uma das formas de Autismo. Para que compreendam melhor, costumo desenhar uma régua em que substituo os centimetros por por percentagens.
Digo, então que o Autismo «Clássico», aquele que se vê na televisão, onde as crianças com profundo atraso mental se balanceiam de costas viradas para os educadores, corresponde a uma percentagem de 80% a 100% de Autismo. Claro que estas percentagens são inventadas e nada têm de científico, mas servem para ilustrar o ponto. Quase toda a gente viu «Rain Man» com o Dustin Hoffman e Tom Cruise. è aparente que o personagem autista que Hoffaman representa têm uma inteligência normal, mas apresenta dificuldades marcadas na socialização e uma linguaguem claramente anómala entre outras caracter´siticas. Digamos que o seu grau de autismo vai de 80% a 40%, e dada a inteligência normal dizemos que é um Autista «altamente funcionante». Pensemos depois no Mr. Bean: inteligência normal, linguaguem na superfície normal, mas dificuldades óbvias na interacção social. Diria que o seu autismo se encontra entre os 40% e os 10%. E o diagnóstico é SA. Pitadas de Autismo, (abaixo dos 10%), todos nós temos. Esta analogia têm também a vantagem de fazer entender que mesmo dentro de um grupo o diagnóstico há gravidades distintas"...Nuno Lobo Antunes

Cristina, a hereditariedade, não têm de ser directa, nem obrigatóriamente da parte masculina, não que nos adiante muito em casos já consomados como os dos nossos filhos, seremos concerteza uma janela aberta, para uma investigação na genética e hereditariedade, até pelo que refere há outros casos familiares, claro que todos os outros factores são questionáveis, em relação ás crianças indígo/ cristal, acho que daria uma outra discussão, da qual confesso ter pouca informação e conhecimento.
Bjocas para ti e Vasco

Mina disse...

Querida Ray
Só custa meter a primeira, já vi que arrancou bem rsss
E eu vou devolver-te num dois em um kkk(isto é responder aos comentários num)
Nem mais que nos interessa se é do pai da mãe do avô , desde que não seja do vizinho lool,
tudo bem nê, nós gostamos deles assim, mas podemos ser uma ajuda para a ciência tu então tens disponibilizado a Arte de Felipe e nada...
Mas não fomos fundo á minha dúvida, se em vez ser o nosso filho a não saber transmitir os afectos e fosse o nosso marido, tinhamos a mesma condescência, ou compravamos-lhe um par de patins kkk para ele ir buscar as flores rsss
Opá acho que vou meter a quinta(mundança) lool, os graus são bem diferenciados e parece-me que teu maridão não têm não, pela descrição, teve iniciativa e virou-se bem sózinho.
O meu também acho que viveria bem sozinho, é completamente autónomo e jeitosinho para algumas coisas rsss e até fez o serviço militar,ihihiih como vez o grau de afectação será nos 11%(lê régua de cima, no comentário á Cristina).
Com que então!... 46º, Bruno ficou logo de "orelhita em pé" rsss e disse logo que a máxima em Portugal foi de 47º na Amaraleja, tu sabe onde é Amaraleja?!.... fica no sul do nosso quadradinho no Alentejo.
Sabes, acho que estou falando uma misturada de Brasil com Portugal, o que vale tu entende rsss
A frase que referes da Temple, leva-nos a quer que vive feliz naquele "mundo" o que dava aqui outra discussão nós seres humanos além da racionalidade que nos distingue do outro reino animal, temos as emoções e nem sempre estamos satisfeitos e ás vezes queremos mudar algo em nós, umas vez com razoabilidade, outras não!...
Bjocas para ti e Felipe
Ah!Já respondi ao comentário, lá na quimzuba que o P.J, lá no sítio aí amiga tu tá dístraída rsss

Mina disse...

Avogi
Não, vamos ser utópicos ao ponto de acreditar na cura, seria concerteza um desperdício de tempo, o que não quer dizer que fiquemos parados, que tudo pode melhorar, o cerebro humano é demasiado complicado, no campo das suposições se for num cromossoma, não é possível alterar, tal como não se altera uma pessoa com Trissomia 21. Claro que há terapias e até medicamentos que podem atenuar, isto do meu ponto de vista. Iria agora para o campo da ética,
E se numa amiocentese por exemplo se decifrasse que o filho era autista( atenção não é possível)?!...Meu coração de mãe diz ainda bem que não há esse teste, mas todos, têm o poder de decisão!...São reflexões e decisões muito duras, e que nos confrontam com a moral e ética.

Ah!... Avogi teve saudadinhas kkk, também eu. mas andava doentinha", e nem tinha disposição, mas andei a visitar a minha amiga e todos os outros, "cusca" eu!... rsss
Hoje vou mandar bjocas para a "Famelga" toda, não vou pôr os nomes todos da prol,senão preciso da lista telefónica kkk, lá estou a "desbundar"

Mina disse...

Noris
Sem dúvida. eles até denuciariam o ladrão e drogado kkk
Que mãe desnaturada, isso és tu que não te aborreces rsss
Eu sou uma "menina" mimada kkk
E não gosto cá nada das "geladeiras" rsss
Mas isto tudo parte de um princípio recíproco, se dás também gostas de receber, eu por acaso até gosto mais de dar ,mas também gosto da troca.
Queres conjugar o verbo kkk
Eu dou
Tu dás

Eles dão kkkk
Toma lá um mimo meu, mas vá não me chames mãe que eu não tenho idade para isso kkkk
Bjocas para ti e para o M.

Anónimo disse...

Bem, penso que uma condição genética é hereditária quase por definição (embora a inversa não seja verdadeira).

O que já Hans Asperger (creio) escrevia acerca da familia do que foi talvez o seu principal "case study":

http://books.google.pt/books?id=tHzfAKtazywC&pg=PA9#v=onepage&q=&f=false

Mina disse...

Anónimo
Obrigado, pelo comentário e o link aqui deixado.
Concordo que a genética e a heridatariedade estão ligadas.
um abraço