Mãe e filho de mãos dadas trilhando os caminhos do autismo/asperger.
Numa partilha intimista e de coração aberto em sonhos e desalentos, numa vida vivida...
Ter um filho asperger não é o fim do mundo, mas o princípio de uma nova vida...
Valorizando os afectos...

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Na base do meu primeiro "encontro" com o autismo(2)

Perguntas e respostas

Tenho um filho de 4 anos que é muito egoísta, briga frequentemente com amigos por causa dos brinquedos e costuma sofrer ataques de cólera por esse motivo. Poderá interpretar-se esse seu comportamento como forma de autismo?
Dificílmente o será, visto que o comportamento de uma criança autista se caracteriza pela escassez de relações com as restantes pessoas- incluindo as crianças da sua idade -e pela falta de expressividade dessas relações.

Que possibilidade de recuperação existem para as crianças autistas?
Pouquíssimas crianças autistas conseguem recuperar por completo.
Mas o que está demonstrado é que todas as crianças autistas melhoram com uma educação especial, diferente da que se dá às deficientes mentais.
A educação de autista deve seguir um programa individualizado, pois cada um deles tem necessidades, problemas e capacidades diferentes.

Um sobrinho meu tem 4 anos e contudo ainda não pede para fazer as suas necessidades. Poderá ser autista incipiente?
Raramente as crianças autistas apresentam qualquer perturbação no controle dos esfincteres. Antes pelo contrário, e embora pareça parodoxal, estas crianças aprendem rapidamente a controlar a micção e a defecação.

Meu filho de 5 anos fala muito atabalhoadamente e tem a tendência para omitir palavras. Será possível estas dificuldades de linguagem serem um sintoma de autismo?
A principal dificuldade das crianças autistas não é a dificuldade na fala, mas sim a escassez manifesta de qualquer tipo de relações com outras pessoas. Por outro lado a dificuldade que uma criança autista tem na linguagem são diferentes das que posa ter uma criança normal: os autistas falam de uma forma monótona e afectada, mas costuma articular bem as palavras.

Estas questões foram transcritas de um guia com cerca de 25 anos, ainda assim julgo que com alguma actualidade...Página inicial aqui
To be continue
Nota: devo referir ainda que nenhuma informação aqui transcrita,substitui a ida a um técnico de saúde credenciado e habilitado a diagnosticar...

4 comentários:

Fê blue bird disse...

Já percebi que esse livro é a sua Bíblia. Muita coisa mudou, diz bem, todos os dias há mais investigação e resultados surpreendentes sobre diversas patologias.
Mas o mais importante, é o amor e a atenção que devemos sempre dar a quem tem estas ou quaisquer outras limitações.
Já uma vez escrevi num comentário no blogue da Cristina, que o meu filho em pequeno tinha um défice de aprendizagem elevado.
Dificuldades na aprendizagem, a matemática era uma verdadeira complicação, passávamos horas a explicar-lhe um simples problema.
Actualmente está a fazer o mestrado em Economia e a matemática é o seu forte.
Portanto querida amiga, como bem sabe, dedicação, amor, e nunca desistir.
Um beijinho grande aos dois.
Este assunto dava pano para mangas :-)

AvoGi disse...

É necessário pensar que muita coisa mudou desde então a nível de despiste de síndromes. por isso algo pode já estar ultrapassado. O carinho esse mantém-se forever and ever. kis kis

Mina disse...

Fê Blue bird
Nem tanto, até porque isto é um guia médico, e só aborda este assunto numa página, no entanto deu-me algumas pistas.
Muitos comportamentos aqui descritos o meu filho não tendo diagnostico de autista ele tinha,
não fazia birras se lhe tirassem os brinquedos ficava alheio ,o controle de esfincters aprendeu muito cedo que eles intuiem estas regras rigidamente.
Não falava atabaolhado apesar de falar pouco, os termos eram correctos, ainda hoje pode não saber o significado das palavras, mas pronuncia correctamente e escreve.
Obrigada pela sua partilha e Parabéns ao filhote, bem precisamos de Ecomonia ihihi
bjocas

Mina disse...

Avogi
Essa é uma área de investigação ainda remota e do meu ponto de vista não mudou muito o quadro que aqui tenho transcrito.
Haverá é casos que suscitam dúvidas e que nunca foram autistas ou estiveram em quadro de PEA,porque se antes havia medo de "rotular", e vejo o nosso caso que para a médicos que o observaram sempre afastaram este diagnóstico, que no caso do Bruno é por demais evidente, eu que não cursei coisa nenhuma desde esta altura 3/4 anos que se me afigurou um quadro de PEA.
Hoje em dia, se há um atraso na fala, ou não olha de frente tem logo um "rotulo" e claro que isso vai passar. E assim aparecem os milagres.
Acredito na magia do amor, mas não acredito na cura para o verdadeiro autismo tenho de ser realista, pelo menos nos casos já instalados.
O que eu quero é lhe deiam qualidade de vida e aproveitem as capacidades deles...
Empolgo-me a falar disto...
E o nosso é apenas um caso, mas com todos os ingredientes...
bjocas