Mãe e filho de mãos dadas trilhando os caminhos do autismo/asperger.
Numa partilha intimista e de coração aberto em sonhos e desalentos, numa vida vivida...
Ter um filho asperger não é o fim do mundo, mas o princípio de uma nova vida...
Valorizando os afectos...
Numa partilha intimista e de coração aberto em sonhos e desalentos, numa vida vivida...
Ter um filho asperger não é o fim do mundo, mas o princípio de uma nova vida...
Valorizando os afectos...
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
Memória +++
É também uma característica dos portadores de Síndrome Asperger, a memória visual e auditiva "intensa", podem ainda ter um bom ouvido musical que é aproveitado pela tal memória auditiva, e no caso do Bruno mesmo não sabendo cantar, apanha com facilidade as músicas e tons mesmo não sabendo as letras.
Dúvidas , quem canta ou como se chama a música, perguntamos ao Bruno, que começa por trautear, e completa depois a resposta, que ás vezes encontra no refrão...
Divertimos nos imenso, com esta musicalidade, e ás vezes até usamos a mesma "arma" que ele. E fazemos perguntas, quando já sabemos as respostas.
Mas a confirmação dele é sempre garantida, e correcta..rsss
Durante a programação Natalícia,
Estavam a transmitir do circo Chen, o circo de natal, como é normal nessa época.
Como era especial, houve intervenções de participantes dos ídolos.
-O pai pergunta, ao Bruno sabes quem está a cantar?!... (pergunta mal formulada)
-Não sei. ( responde ele)
Claro!... não conhece as seis jovens que estavam a cantar.
E o pai, Eh!.. .Eh!... Eh... Apanhei-o xD
-Apanhei uma que o Bruno , não sabe.(que é habitual o Bruno saber todas)
-Nova pergunta, quem canta esta música?!...
- Resposta pronta Gwen Stefani.(e escreveu-me o nome num papelinho)
Sim, porque a mãe não conhecia rsss
- Resposta certa, repetida, talvez para lá de 5 vezes, para que não restassem dúvidas de que sabia loool
Nota-Devo sempre referir que cada caso é um caso, e mesmo quando generalizo, estes comportamentos e todos os que aqui escrevo referem-se ao meu filho Bruno.
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12 comentários:
Alías a mãe, pode conhecer o som e até gostar, mas nomes de músicas ou cantores é mais assim "um tudo o vento levou" rsss
São pouquíssimos os que consigo guardar na memória.
Devo estar a precisar de mudar a peça da memória rsss
Olá Mina, quando venho aqui ler um pouco de vcs, saio sempre com um sorriso, porque o que escreve me transmite também uma certa boa disposição e nada de dramatismos. Isso sabe bem e está na senda daquilo que eu acho da vida com estes seres que eu tanto gosto. Obviamente que também falo por mim, da minha experiencia com o meu Vasco. Tenho tantos epísódios que só podem existir porque são com ele. E não confundo nada... tenho bem presente que cada um é um ser único. Cada caso é um caso, acontece que eu gosto deles todos porque vejo em todos capacidades únicas, desde o mais "comprometido" até ao menos. No entanto, é obvio que é da minha vida com o Vasco que falo. Continuo a achar que é a sociedade que não sabe o que perde quando não os aceita totalmente, porque eles têm todos muito a ensinar-nos.
Beijinhos
Este filho tem uma sorte danada de ter uma mãe assim.Força Mina e nunca deixe de ser quem é. Nunca prca a esperança no seu filho. Ele merece e você tb.E é devido à sua perseverança que ele está estimulado para a vida.kisses
Olá Cristina
Lool, já parou de rir xD
Ainda bem que gosta de nos acompanhar.
É bem possível que haja comportamentos que aqui relato que encontre no seu Vasco, porquê não sendo exactamente iguais, haverá efectivamente uma escala ainda não delineada, mesmo dentro da própria síndrome de Asperger de casos tão ligeiros que praticamente nem se notarão ou são considerados apenas como "seres" estranhos, e outros já com elevado comprometimento que será o caso do Bruno.
Ainda assim, não acho que seja para lastimar embora tenhamos dias de algum desânimo
( principalmente quando penso no futuro).
O viver um dia de cada vez e aproveitar o que a vida têm de melhor com estes nossos filhos que são pura essência, rir faz bem alma e ao ego chorar de vez enquanto ajuda a limpar, mas tudo com paz e tranquilidade (esta fez-me lembrar o Paulo Bento kkk).
Mas realmente prezo a boa disposição, e cho...ooo pessoas mal dispostas rssss
Seja sempre bem vinda
bjocas
Avogi
O mérito, não está na mãe rsss
Está nele, que teve este poder de me transformar...
Senão, seria uma mãe" básica", assim tenho de dar voz aos sentimentos, desejos e vontades dele e ser sempre "chata", até que o mundo o receba da forma que ele merece.
bjocas
Mina
Louvo-a por isso, por querer que o mundo o aceite com as suas diferença. E porque não? Não somos todos diferentes? Mas digo-lhe que há mães que se conformam (não é o seu caso) e estão sempre no "coitadinho do meu filho que é diferente". Não para essas mães do conformismo. A Mina não cruza os braços e por isso eu gosto dos seus textos sempre a permitir que o Bruno seja ele próprio e não o que as pessoas desejam que ele seja. um kisse do tamanho do mundo.
Avogi
É mais o tempo que eu "chovo no molhado", mas coitadinho o meu filho não é.
Pode haver até que me ache um pouquinho "louca", por brincar e ser uma pessoa bem disposta, riu de mim riu "dele", acho imensa piada quando ele com seu tamanhão têm saídas infantis e ingenuas, secalhar seria para chorar, mas não eu riu-me com ele e não dele.
Há quem julgue que tenho ilusões, eu tenho perfeita noção da realidade e é isso que tento aqui retratar, não de forma drámatica, que não vivo nenhum drama, mas de forma natural.
Ele é o herói deste filme real, porquê me obriga a mim a estar sempre em acção.
Embora ele diga muitas vezes que eu o obrigo a fazer coisas rsss
bjocas
Mina
Tu revelas-me uma diferença que não me é totalmente familiar e sinto-me mais rica com isso, de cada vez que aqui venho. Para além disso, o teu sentido de humor é tão giro....que é impossível não ler algumas destas descrições com sorriso nos lábios. Somos mães especiais. À força...por imposição da natureza, mas abraçamos a causa, não ? E para quê chorar ? Aproveitar a vida, com as todas as suas peculariedades....que sabemos perceber melhor do que ninguém. Que entendemos e deciframos os nossos filhos todos os dias....um pouco como todas as mães (mesmo as comuns). Um beijinho docinho
Grilinha
Tu "cortas-me o piu" kkk, tens o dom de me emocionar, ao sentires da mesma forma que eu.
Acho que essa proximidade, nos toca mesmo pela diferença, ao termos um filho diferente, já nada fica igual. Acho que só o facto de termos filhos para ser mais correcta muda a vida de qualquer mãe.
Quando eles são diferentes como os nossos, o passo mais importante é a aceitação.
E as pessoas ás vezes confundem a aceitação com a resignação.
Num pronto, está aceite a nossa "cruz".Qual "cruz", qual carapuça?!...
Em frente que atrás, vem gente rssss
Para quem ficou sem "piu" até que correu bem lool
bjocas
Nem mais !!! Bjs
É assim que também penso e sinto alívio por ver mães com mais algum tempo que eu "nestes caminhos", com principios semelhantes aos que eu tenho. Eu adoro o meu filho e cada vez acho mais adoráveis as suas particularidades que aos outros "aflige"... muitas veze até me pergunto se sereí muito sonhadora ou idealista, porque eu nem mudava muita coisa nele, mudava era a sociedade. Ele tem saude, é bem disposto, é alegre, enfim é feliz como é e faz-nos felizes cá em casa, então porquê que os outros acham que isto é assim algo negativo? Também cada vez vou ligando menos a isso, e até me orgulho do meu menino e quando é preciso digo que ele é autista e depois? Mas também respeito e percebo que cada caso é um caso e não censuro nenhuma mãe que sinta diferente... às vezes é uma questão de tempo para assimilar certas situações, outras é incapacidade de ver o lado melhor da vida, é noutras é mesmo porque o comprometimento é grave em demasia e não permite ter mais esperança... Porque é a esperança que nos ajuda e quando os vemos evoluír tudo fica mais facilitado... se pelo contrário não vemos, a vida talvez vá perdendo a cor. Não sei, mas procuro compreender outras formas de sentir dos pais. Da minha parte agradeço todas as evoluções a que o meu filho tem respondido e mantenho a esperança em mais, aceitando feliz, o que ele até hoje já conquistou. O futuro, logo se vê, nem penso muito nisso.
Obrigadas, Grilinha e Cristina, pelos vossos comentários.
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