Mãe e filho de mãos dadas trilhando os caminhos do autismo/asperger.
Numa partilha intimista e de coração aberto em sonhos e desalentos, numa vida vivida...
Ter um filho asperger não é o fim do mundo, mas o princípio de uma nova vida...
Valorizando os afectos...
Numa partilha intimista e de coração aberto em sonhos e desalentos, numa vida vivida...
Ter um filho asperger não é o fim do mundo, mas o princípio de uma nova vida...
Valorizando os afectos...
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
" Falsas Acusações"
O sentido de justiça, é também uma característica dos Asperger.
Porque para eles só existe uma verdade. A verdade...
E não acham piada nenhuma, quando são acusados injustamente( claro ninguém gosta).
O Bruno por exemplo e penso que se aplique a muitos outros, nunca percebe se estão a fazer uma acusação ou se estão a brincar ao dizer que foi ele que fez determinada coisa , que ele de facto não fez...
Esta não percepção da linguagem não verbal, pode despoletar uma revolta nele, não percebe se o tom é brincadeira ou a sério.
E esta tarde, alguém partiu um vaso, e o J.P. disse que foi o Bruno, e logicamente ele ficou logo revoltado com acusação, que terá sido outra pessoa ao retirar o chapéu de chuva do vaso que o terá feito cair, por coincidência o Bruno ia a passar naquela altura. E levou logo com as culpas.
Por mais que eu lhe diga, que foi a brincar, para ele não ligar, que até nem sei se foi o caso, para ele é sempre uma acusação e nunca uma brincadeira ou provocação...
Ás vezes tenho, medo da reacção dele a estas provocações injustas...
Porque têm dificuldade, para se defender, a não ser insistir que não foi ele e ficar muito revoltado.
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4 comentários:
Olá Mina,
obrigada pelas suas palavras
É das poucas que ainda não desistiu de fazer lá comentários... como eu própria também não tenho andado lá muito inspirada para poder "inspirar" os outros, compreendo...
Calculo que sim, que possa imaginar. Já me tinha mencionado essa sua amiga (o filho dela já não está entre nós, pois não?!?).
O sofrimento é constante porque trata-se de uma angústia diária a cada decisão que tem de ser tomada - e isto é muito difícil de ser compreendido para quem está por fora - ainda há bocado falava acerca disto com o pediatra...
Temos a Vida nas nossas mãos, depedendente das nossas acções e temos receio que o medo nos paralise...
Enfim...
Cada qual com a sua, não é verdade?
Amanhã é outro dia!
Até lá.
Beijinho
Mãe Sisa
Eu entendo que o tempo seja curto, e mesmo não vivendo uma situação igual a tua, felizmente os meus filhos são saudavéis.
Sei bem o que vocês mães com filhos com doenças crónicas passam,as horas de aflição as noites em sobressalto as decisões rápidas que têm de tomar. E acho que também acabo por sentir, até porque me costumo pôr sempre no papel do outro, e mesmo nós pais de crianças saudavéis, sabemos quando há uma doença nos nossos filhos ficamos nessa ansidade e preocupação.
Acresce a vocês, viver uma vida inteira com essas preocupações.
Sim é dessa mãe e desse filho lindo que já não está entre nós fisicamente, a quem eu dediquei o nosso post de Natal.
E embora não falemos muito, não estejamos muito tempo juntas estão sempre no meu pensamento, e o Bruno gosta muito dela que é prof de Matemática, as conversas dele com ela entram logo em exercícios rsss
Sempre que precisares, está aqui este cantinho e nosso email, para quando precisares desabafar...
Nem sempre podemos dar a devida atenção aos amigos, mas eu sei que tu estás aí...
bjocas
Mina,
É muito bom podermos ler estas pequenas histórias que são reais e que nos mostram um bocadinho como é o quotidiano com um jovem portador de Aperger. É inevitável, ao lê-la estabeleço sempre uma comparação com aquilo que se passa cá em casa e, mesmo sabendo que estes jovens são todos diferentes, são as diferenças que vou encontrando que me dão esperança.
Ainda há pouco, ao jogar à bola com o M, fiz uma batota descarada e acusei-o a ele de batoteiro, assim meio a rir. Pois bem, não é preciso muita palhaçada para ele se rir e riu-se tanto que até teve de ir a correr para a casa-de-banho aos gritos. Ou seja, ele percebeu que eu estava a brincar e respondeu com risos. Ficou foi meio chateado por ter de mudar de roupa. "Foi a tua culpa. Fizeste-me rir!" - repetia ele. Não chegou a tempo e molhou um bocadinho das calças.
Beijokas.
Noris
São pedacinhos da nossa história que constituem uma vida.
Esta caracteristica acaba por os tornar demasiado perfecionista e seria capaz de acusar a mãe, se fosse verdade eles não perdoam a verdade rsss
E acho que comparativamente ao Bruno o M. têm um excelente prognóstico, são completamente diferentes. O Bruno em pequeno fazia jogos de cartas com a avó, e não gostava nada de perder, ainda hoje mesmo no PC em jogos que comece a perder desisti...
E para completar e poder ilustrar-te aqui a não compreensão da linguagem não verbal.
Deixo aqui um exemplo do livro do Dr :Nuno, que também poderia ser aplicado ao Bruno
Sabes?-dizia-me - tenho um colega que fala espanhol
-Que interessante, nasceu em Espanha?
-Não
- os pais são espanhóis?
-Não
-Então?
-Tem uma máquina no pescoço!
-Quem te disse..?
-Ele.
-Acreditaste?
-Claro!
-Porquê?
-Disse-me isso sem rir!...
O que monstra a ingenuiedade e a crença deste jovem nos outros.
bjocas
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