Mãe e filho de mãos dadas trilhando os caminhos do autismo/asperger.
Numa partilha intimista e de coração aberto em sonhos e desalentos, numa vida vivida...
Ter um filho asperger não é o fim do mundo, mas o princípio de uma nova vida...
Valorizando os afectos...

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Descobriu Vocação!...


A fiscalização XD...
A última do Bruno é andar a verificar as datas de validade, inscritas nos extintores, que se encontram em locais públicos.
-Até lhe disse: Pronto filho, já sei vou contactar a empresa responsável pela colocação dos extintores, para tu verificares as datas . Só que nesta vocação não há como "untar-lhe a mão"...
-Será que alguém esta interessado!?...
E não é, que verificou alguns fora da validade, devem andar distraídos (digo eu).
A quando do meu comentário lembrou-se de outra.
-Até podia verificar os prazos de validade dos produtos nos supermercados (disse ele). E não é que a mãe até acha uma boa ideia.
Aceitam-se propostas.
Só espero que quando for ás compras, ele não se lembre dessa, senão nunca mais de lá saio:).
Só se for com "cachê"...

14 comentários:

Mrs_Noris disse...

Mina,
Temos aspirante a Inspector da ASAE. Parece uma ocupação bem interessante. ;)
A questão é que quem fiscaliza os prazos de validade, não faz apenas isso.
Penso bastante nesta questão. A independência dos nossos filhos depende em grande parte duma profissão. O esquema é-me familiar, a partir da vocação escolhe-se a profissão.
Eu desejo muito que o meu filho tenha uma profissão. Para isso terá de aprender a aprender, não só por interesse mas também por necessidade. Além disso, terá de adquirir uma boa dose de inteligência emocional para conseguir lidar com as situações de pressão.
Beijos.

Mina disse...

Noris
Por acaso ainda não me tinha ocorrido, nenhuma destas possibilidades, acho que ele as faria na perfeição. Acho ainda que polivalência, não é o forte dele, embora ele se disperse por tantos assuntos e interesses, só conseguiria realizar uma tarefa de cada vez, e num determinado sitio fazer só essa tarefa, não sei se tambem puderia fazer reposição. Desde que orientado, acho que puderia ser útil.
E evidentemente que tem as suas limitaçoes, por isso é que supostamente há o tal emprego protegido.
Mas estas ideias até nem me pareceram descabidas de todo, e irei tentar contactar os supermercados, para pelo menos tentar, Noutro dia vi um rapaz que tem tambem uma sindrome rara, que estava a repor num supermercado. E tinha muitas limitações, de comunicação, o problema do meu filho, pode ser a curiosidade, a ingenuiedade, de entrar em assuntos que não lhe dizem respeito. Tem essa parte inconveniente, para quem quiser esconder algo, ele não permite.
Bjocas

LuisaB disse...

Amiga "mana"

é bom irmos sonhando que eles são capazes de lidar com o stress de um emprego e que alguém os empregue.

O Bruno seria bom repositor mas, e quando alguém no supermercado lhe pedisse uma informação ou aboradsse em algo diferente do que ele estava a fazer?
E se ao repor coisas ele partisse algo? saberia defender-se? saberia o que fazer?

Recordo-me que quando entornou água na comida já não comeu mais nem foi pedir, porque não soube como reagir e achou-se no fundo culpado etc etc..

É destas coisas que eu fico a pensar que ...serão ou não capazes?
E quantas coisas com validade precisam ser repostas num mês a não ser os iogurtes e coisas frescas que cada funcionaria de secção tem obrigação de fazer e entre outras actividades que elas depois executam e que eles podem não ser capazes de seguir a linha de orientação por se dispersarem.

No entanto se conseguisse seria um bom triunfo e eu felicitaria quer a mãe como o filho e empregador.
Vamos sonhando pois é bom para a mente.

O que escrevo para a "mana" é o que penso e escreveria para mim mesma e seu "sobrinho". Infelizmente...só nos resta o sonho.

Na casa grande só cabem uns 50 e por máximo de 4 anos...volta-se depois à estaca zero? É o que me parece.

Eles nunca serão autónomos na maioria dos casos, para poderem ao fim de 4 anos dar conta do recado seja ele qual for a não ser com empregos de excepção e acompanhamento.

O resto são historias de ilusão para quem ainda nela viver. Eu já não estou por aí...saí dessa irrealidade e utopia. se queremos empregos temos de ser nós a arranjar para eles. Só isso. E eles não têm culpa de em Portugal ser assim a vida.

Beijinhos aos dois. Gosto muito de vocês.( E pronto lá voltou a testamenteira)

P.S Desculpa Bruno se leres isto, mas não é contra ti o meu filho também o vejo de igual forma e terei de o proteger num possível emprego um dia, ara que ele não se sinta mal e pensando nele e em ti respondi assim porque é o que sinto. Pra trabalharem e estarem mal ou poderem passar sacrifícios porque há imprevistos que podem acontecer e vocês não saberem reagir e nem terem alguém ao lado que vos compreenda e ajude, isto preocupa-me apenas isso.
Beijinhos

Mina disse...

Amiga Luísa
Pois enquanto não me deixarem testar, eu não deixarei de sonhar, porque secalhar é mesmo um sonho, e quase sempre depois da a ilusão bem a desilusão.
Mas pelo menos deixe-no tentar.Tudo na vida tem de ser preparado, as reacções aos imprevistos, temos também de preparar os outros para saberem lidar com elas, não tem de ser só eles vir para o nosso mundo,temos de trazer também os outros ao mundo deles. E hei-de ser chata até ao fim da vida, enquanto não conseguir abrir uma porta. Só esta teimosia ou utopia me faz girar.
Em relação ao projecto da Apsa, não é solução defenitiva, mas é um princípio, que esperemos que tenha continuiedade em termos de futuro e não se fique pelos 4 anos.
Não vai abranger os nossos filhos, mas que seja viável é o que desejo.
Embora ache muito insuficiente, até porque sou exigente.
E Bruno até já fez esse tipo de formação de 4 anos, e de facto voltou a estaca zero,mas enquanto esteve lá ocupado com aquilo que gostava esteve bem. Tão bem que nem por coincidência, hoje que teve folga do Cao, quis ir visitar a monitora. Portanto foram 4 anos agradáveis.São situações e pensamentos dúbios, o que será melhor pouco ou nada!?...
Volte sempre aqui a nossa casinha, onde gostamos de receber, os amigos, e a familia XD..
Bjocas

Anónimo disse...

Oi Mina oi Bruno,
Como está tudo por aí?
Lembrei-me do Bruno, quando estava na praia da Urca, na Fortaleza de São João, praia privada do Exército ( frequento lá porque meu marido é militar) Existem duas praias na Fortaleza, a primeira é rasa , não tem onda , porque é a primeira da Baía de Guanabara.Um charme. A outra que eu estava é mar aberto, tem ondas . Estava super limpa , ontem ,uma maravilha em tom de verdee areias fofase brancas. Só que estava super gelada , chegava a doer os ossos e dava cãimbra. Nunca vi isso aqui. Parecia que água vinha da ântartica,e era por baixo. Lembrei que Bruno perguntou se era quentinha as praias do Rio. Era, Bruno, agora a coisa tá mudando.... Será efeito da destruição da camada de ozônio?
Gostei do gelo, so fico preocupada com a causa.Quanto ao post...
Bruno, voce é muito inteligente e perspicaz. Pensou num detalhe que nínguém pensa. a validade dos extintores.
Eu nunca pensei nisso , sabia? E se houver a necessidade de se apagar o fogo? Fora de validade não funcionaria. Se tem prazo deve ser cumprido.
Penso que voce mais tarde poderia ter um emprego assim . De fiscal do consumidor, porque notas serviços e objetos essenciais para nosso bem estar.
Grande garoto, Mamãe Mina deve estar toda orgulhosa de sua inteligência.
Agora quando eu passar por um extintor, bisbilhotar. Porque voce me chamou a atenção sobre isso.
Beijos para voce e mamãe Mina.
Ray

Visite www.arteautismo.com disse...

Mina, nao sei porque meu comentário saí anônima. Não fiz isso, tava com meu nick hehehe
Bruno desculpe os erro de Antártica , viu. Já deves ter notado, inteligente como tu....rs
Um beijo para voces .
Ray

Anónimo disse...

Ray,
Nas praias do Brasil as temperaturas da água do mar devem rondar os 26 graus e possívelmente estavam cerca de 20 graus.
Eu tive a ver na Internet um fenómeno que foi o La Niña que arrefeceu a água no Pacifico Central e que se espera que enfraqueça nos próximos tempos.
Pode ter ocorrido um fenómeno semelhante a este aí no Brasil.
Eu era para publicar um post sobre uma praia de Portugal mas ainda não tive tempo.
Beijos

Anónimo disse...

Luísa,
Eu fico enervado quando alguma coisa me corre mal, não me consigo controlar, não me consigo concentrar, eu quero escrever comentários mas por vezes a tecla Caps Lock faz com que se escreva incorrectamente a palavra-passe e quando eu não acerto com a palavra-passe fico chateado. E depois tentei meter novamente a palavra-passe, aquilo deu erro e eu perdi o comentário, tive de voltar a escrever tudo de novo e agora como medida de precaução eu escrevo aquilo que tenho a escrever no WordPad porque assim se houver algum erro não perco aquilo que escrevi a não ser que cortem a electricidade ou dê erro no programa ou outras coisas semelhantes.
Resumindo e concluindo não sei lidar com situações imprevistas.
Beijos

Mina disse...

O último comentário do Bruno, deve-se ao facto que ao escrever o coment para responder a Ray. Perdeu a informação que tinha escrito, e só esse facto fez logo com houvesse uma alteração de estar, nestes casos é preciso intervir, e trazer de novo há realidade do que estava a fazer, e tentar que entre de novamente no sistema e recupere ,é necessário insistência, e arranjar estratégias de segurança. Que foi o que acabei de fazer.
Claro que num local de trabalho, não estara a mãe presente, mas alguém teria de ter esta função, até porque não podemos ser pessimistas de que as coisas estejam sempre a acontecer.
Para este tipo de situação ele já arranjou maneira de se precaver, mas há um longo caminho a percorrer, só não vale desistir ou não fosse eu uma chata que quer acreditar...

Anónimo disse...

Ray,
Disseste-me que aí dava para ir para a praia todo o ano.
Mas como é que dá para ir para a praia o ano todo se há sempre uma época onde chove.
Eu acho que quando chove em Fortaleza, vais à praia no Rio de Janeiro e vice-versa, não é assim?
Beijos

LuisaB disse...

Bruno,
Compreendo-te muito bem. Quando eu queimo um bolo é raro mas quanto mais eu preciso daquele bolinho lindo é quanto mais depressa ele se estraga ou queima ou cai. Pronto, fico chateada e em vez de fazer outro pois estou demasiado enervada vou à pastelaria e compro outro.

Quanto a perderes os trabalhos que escreves se usares o Microsoft word e não o word pad o outro guarda os ficheiros temporários. Podes experimentar escrever alguma coisa que não interesse e depois desligares o PC e verás que guarda, não podes é dizer não guardar quando a janelinha pergunta isso.
Outra forma é ir escrevendo e salvando o que se vai fazendo.
A experiência de muitos textos perdidos aprendi estas coisas :)

Beijinhos Bruno


Mina,
Não quero sr derrotista de forma alguma nem que aqui me vejam como tal, ando é mais no realismo de há uns tempos a esta parte à medida que vou conhecendo casos e mais casos como os nossos só isso e apenas isso.
Como a Mina disse o seu Bruno já passou por varias formações e continua onde está não é caso para se baixar os braços mas é caso para se pedir uma protecção ao trabalho certo?
Quantos desempregados estão por aí nos últimos tempos com licenciaturas , sem problemas de saúde ? É isto que me leva a pensar bem no futuro e a solução de passar pelos pais o estimulo em criar os seus empregos e não esperar que os outros os venham querer empregar e ainda mais com regalias extras de alguém ao lado deles...onde há disso? Em Portugal?

Eu não desisto, mas encaro uma realidade já algo diferente perante os números de despedimentos e que ainda vão continuar.

Só isso.

Beijinhos aos dois

Anónimo disse...

Mina,
Em nome do "meu" Bruno muito agradeço o seu comentário no aromas.
Vou-lhe dizer que o meu filhote, em tempos, andou com a mania dos extintores. Mas não era para ver a data de validade; era para pegar neles!! Felizmente passou-lhe!

Saudações e um sorriso

Mina disse...

Luísa
Todos nós mesmo,não Asperger, temos dificuldade em lidar com a frustação e o erro, eles ainda por cima com o próprio perfecionismo, ficam mesmo muito irritados, ainda a minha amiga, não viu as expressões faciais que ele vez para demonstar a zanga de ter perdido aquele trabalho , porque a seguir já não sai igual.
Ele sabe essas coisas de não perder, a mãe é que não "pesca" nada e de vez enquando lá vai tudo ao ar, ele disse logo que quando fazia trabalhos na formação, e isso acontecia, ficavam guardados, só que ele estava a escrever no blog, mas nos outros copiou logo, não acontecesse o mesmo.
Em termos informaticos ele sabe muitas coisas só que nem sempre as aplica, lá está precisa da tal orientação.
Quanto ao processo de não resolução da situação laboral deles,é um caminho longo e uns dias
estou optimista qb, noutros nem tanto, tento nunca chegar ao fundo, preciso mesmo de acreditar,porque isso me faz respirar, e pode haver alturas até que me sinta derrotada, mas não vencida, que hei-de fazer é este meu mau feitio.
E emprego protegido até há minha amiga, só que não sei como está legislado, que dentro da instituição que o Bruno frequenta, há lá jovens adultos a beneficiarem dele. Ainda não me conseguiram explicar bem, mas tudo me leva a crer que são os que tem maiores dificuldades económicas, são individuos sozinhos sem familiares ou a viver em condições precárias e funcionam de uma forma mais mecanizada, não são jovens com dúvidas nem inconvenientes.
Isto é apenas uma suspeitação, com a qual nem estou em desacordo,acho até muito importante, até porque há alguns que dependem inteiramente da instituição para tudo.Estão a funcionar tipo o celebre modelo importado da Holanda.
A mim ,e atenção apenas me parece, que por aqui haverá um desajustamento entre os ministérios que tutelam estas instituições, apesar de serem IPSS.
A conversa já vai longa, e nem tenho certezas, mas suspeições, que atempadamente, e se não conseguir uma ocupação condigna para o meu filho. Irei analisar a lupa. Tal como o grau de incapacidade, são tantos os decretos e artigos que ainda não os consegui perceber. Acho que qualquer dia temos de ser todos analistas, ou juristas lool
Já consigo se tão sucinta como a menina XD.
Bjocas

Mina disse...

Mário

Não tem de agradecer, foram sentidos, o seu Bruno, já é como se fosse um bocadinho "meu",que estes seres especiais, suscitam-me uma enorme paixão. De qualquer das formas fico grata pelo agradecimento.
Bem coleccionar extintores, era um pouco caro e ocupa muito espaço XD- Mas o meu colecciona tudo que é papel, por onde passa, "barre" os papeís todos, folhetos, horários,agora até as brochuras que estão nas agências de viagens, quer sempre uma de cada. é uma "limpeza" XD.Temos de o controlar, que viajar para tanto sitío, não dá:)
Um abraço