Mãe e filho de mãos dadas trilhando os caminhos do autismo/asperger.
Numa partilha intimista e de coração aberto em sonhos e desalentos, numa vida vivida...
Ter um filho asperger não é o fim do mundo, mas o princípio de uma nova vida...
Valorizando os afectos...

sexta-feira, 12 de março de 2010

Sobre o livro "Mal entendidos" (1)

Este livro é do meu ponto de vista, um livro de aprendizagem e conhecimento.
Para quem conhece as patologias, ficará com mais informação, e para quem já tem alguns conhecimentos, pode reforçar a aprendizagem...
Agora vou cingir me ao capitulo da Síndrome de Asperger, por ser a que me toca directamente, e neste livro não é vista de forma meramente teórica, são experiências reais, vistas pelo lado humano e clínico, salpicada de humor. Sem dramatismos, honesto, frontal e positivo.
Neste capitulo especificamente, encontro parte de nós, visto por alguém que parece conhecer a nossa intimidade ( não foi baseado em nós).
Em tom de brincadeira com fundo sério costumo dizer que o Doutor têm a ciência e o conhecimento, e eu tenho a matéria prima ( que é o meu "Princípe Asperger").
Neste livro encontro muitas das nossas vivências.
Para quem ainda, não tenha tido oportunidade de ler o livro deixo aqui as minhas impressões, rescrevendo, alguns dos parágrafos ou frases que têm mais a ver connosco ou com as quais eu comungo da opinião do autor, que é praticamente tudo neste capitulo, mas não sendo viável mostrar tudo, fiz então a minha selecção.
Que para quem está de fora pode não fazer muito sentido, uma vez que as frases vão ser retiradas de um contexto, ficando soltas de ligação.
Ainda assim vou arriscar, para quem convive com a Síndrome conseguirá enquadra-las....

Separei em algumas partes: fica aqui a primeira transcrição...

Referindo se à comparação de como viveria o super homem no planeta terra, fazendo analogia à Síndrome de Asperger

-"Duvido que fosse intuitiva a percepção dos sentimentos, acções e estados de alma dos companheiros de sala".

-"Provavelmente ficaria sossegado, no seu canto meio perplexo, com a agitação que o rodeava, sentindo-se apenas seguro quando o deixam em paz".

-"Em adolescente, certamente se sentiria perdido, tentando compreender os milhares de sinais subtis, verbais e não verbais, que os jovens trocam quando comunicam entre si".

-"Todos os dias se sentiria numa espécie de curso de língua estrangeira, onde com esforço, procuraria compreender as intenções de alguém, quando essa pessoa altera o tom de voz, ou acrescenta ironia ás expressões:"

-"Quando pretendemos comunicar, em geral usamos as palavras, mas o significado muda, e pode até representar o seu contrário, quando dizemos por exemplo «bonito serviço»."

-"E há ainda a comunicação, não verbal, quando os olhos substituem a boca."

Nota-Desta mãe leitora-Escrito por quem sabe.Lido por quem sente...
Obrigado ao Doutor, por esta ferramenta que aconselho, estas minhas leitura, são à luz dos meus olhos dos meus sentimentos e vivências.
Não substitui a leitura do livro...
to be continue

Sem comentários: