Mãe e filho de mãos dadas trilhando os caminhos do autismo/asperger.
Numa partilha intimista e de coração aberto em sonhos e desalentos, numa vida vivida...
Ter um filho asperger não é o fim do mundo, mas o princípio de uma nova vida...
Valorizando os afectos...
Numa partilha intimista e de coração aberto em sonhos e desalentos, numa vida vivida...
Ter um filho asperger não é o fim do mundo, mas o princípio de uma nova vida...
Valorizando os afectos...
sábado, 2 de fevereiro de 2013
"Outro Público"
Num outro cenário, dedicamos também o nosso tempo e carinho, aos nossos séniores, e levamos a animação e a representação até eles, mesmo os que já não ouvem ou estão debilitados por outras maleitas, sentem, e mesmo que não consigam corresponder com a mesma energia de outros tempos, conseguem ver e ter uns minutos diferentes de alegria e sangue novo.
Os que ainda conseguem inter-agem e participam no papel.
A entrada em cena, e a morte do "Mozart", deixa-os estupefactos e expectantes.
Passamos uma tarde diferente e aconchegante, por poder contribuir de alguma forma para estes momentos.
Enquanto mãe nem sei definir o que senti,quando uma das senhoras (utente do lar residencial) no final, e num aparte se dirigiu a mim e veio agradecer me, e dar os parabéns pela coragem e ousadia.
Só consegui ficar emocionada, e dar-lhe um forte abraço.
Vale a pena o esforço e dedicação, por sentir que hà esta reciprocidade, nós gostamos.
Hoje estivemos aqui, há duas semanas estivemos na Associação Social de Solidariedade da Foz do Arelho
Etiquetas:
projecto voluntariado séniores,
Representação,
sindrome asperger
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15 comentários:
Sim, é preciso muita coragaem e ousadia. Parabéns!
Mariposa
Obrigada!
Fiquei mesmo derretida atitude daquela senhora, o que ela me queria transmitir para além do seu agrado´, foi uma especie de agradecimento pelos outros idosos que não foram tão efusivos nos aplausos.
Senti como se fosse assim aquele carinho de mãe, que já não tenho, fiquei muito sensibilizada.
Como quem diz filha continua...
Beijinhos
Parabéns!
Oxalá essa força interior que faz ousar, esteja sempre presente.
Um apertado abraço para vós.
São
Já me vai faltando as forças , apetece-me deixar estar.
Mas a dose da loucura não me permite parar, e muito menos ele me deixa, a força vêm dele.
Ainda hoje nos puxou , para andar a pé e de triciclo com pai, mesmo com pés cheios de bolhas.
E amanhã pela manhã (logo) temos mais 12 km pela frente, já devia estar a "nanar"...
Beijinhos
O teu filho deixa-me de boca aberta...e tão, tão feliz!
Continua, Bruno! És o maior!
bji aos 2
Amiga Mina, também faço apresentações de dança nos lares e centros de dia e sinto o que sentiste, uma enorme reciprocidade e apoio...sabe tão bem!
Continuem!
beijinho
Fê
Não sabia, mas gostei do que li e do que vi!
Beijinhos
Laura
Parabéns Mina e Bruno!
Beijinhos :)
Nina
Que ele tinha jeito, para não dizer que era bom que fica-me mal rsss, já eu sabia, quando algumas vezes fui assistir a representações dele com o grupo do CAO, e que tenho pena e não percebo porque raio não se dá mais oportunidade a esta população com (NEE), de irem às escolas apresentar estes trabalhos, eles ficam tão felizes, comentei isto algumas vezes com as monitoras.
Não sei de quem depende, mas custava tão pouco eles passam dias e dias a ensaiar os mesmos papéis, seria tão útil e interessante haver parecerias com exterior.
Eu fui "forçada" a fazer alguma coisa, para que saibam que ele existe e que não é incapaz, e não me canso de bater ás portas,mesmo levando com algumas na cara.
Ah! no outro "poste", não te respondi, ainda não consegui fazer filmagens de nenhuma das peças, porque habitualmente vamos só os dois e tenho que me preocupar e concentrar no resto, lá tiro uma foto ou outra ao inicío.
Beijinhos
Laura
Obrigada,está sempre a tempo de saber as novidades.
Se houver abertura para tal, começaremos a ir para mais longe, mas isso já são segundos planos :)
beijinhos
Prima Fê
Que bom, fico muito contente por a saber, também nestas andanças.
E não sei se é por me sentir a caminhar para lá a passos largos (velhice), mas sinto um especial dever cumprido ,para com esta população, se lhe poder levar um pouco de carinho e alegria por alguns momentos.
Beijinhos
Mário
Obrigado
Mas recebemos sempre mais que aquilo damos, é um inter-câmbio que nos faz muito, bem.
beijinhos
Desabafo
Isto foi que senti, naquele dia:
Hoje trago o coração dividido!
De um lado a qualidade e o conforto, que vi naquela residencial!
No pouco tempo que lá estive não deu para ver os afectos, embora me parecesse haver.
Mas não são dos nossos daqueles com quem temos a nossa ligação afectiva, os nossos cantos e recantos, as nossas vivências a nossa liberdade de acordar e deitar quando quiser-mos.
São espaços necessários cada um tem as suas vidas, e as vidas de quem nos deu vida, também tiveram de nos deixar para trabalhar.
Senti em alguns, alguma resignação e acomodação. E senti outros perdidos à procura de encontrar o seu espaço.
Sem julgamentos senti-me dividida. Se fosse a minha mãe!?
Também cheguei a procurar um lugar, mas não encontrei o que pretendia e hoje sinto que apesar de tudo foi melhor assim.
Apesar de todas as condições e conforto, até parecia um hotel de luxo, mas não é a nossa casa.
Pois é, minha querida!
É exatamente por reconhecer no teu filho esse dom que não é de todos (muito menos ed Aspergers) que me revolta ler-te e saber que há tanto impedimento ao bem-estar dos nossos filhos!
Mais uma vez, força, Bruno!
bji, Mina
Nina
Pelo menos a terceira idade na sua maioria, está entregue a privados.
Embora o estado tivesse o dever de zelar pelos que já contribuiram, para os que agora estão no poder.
Mas infelizmente vivemos num mundo descartável, que só interessa a produtividade, a politica mete-me nojo, e sou apartidária.
As minhas escolhas sempre recaíram nas pessoas, e como tenho sido engolida pela demagogia.
Enfim, mesmo contra ventos e marés , aqui ou em qualquer lugar a prioridade são eles.
Beijinhos amiga
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