Mãe e filho de mãos dadas trilhando os caminhos do autismo/asperger.
Numa partilha intimista e de coração aberto em sonhos e desalentos, numa vida vivida...
Ter um filho asperger não é o fim do mundo, mas o princípio de uma nova vida...
Valorizando os afectos...

sexta-feira, 17 de julho de 2009

"Sabe-me Bem"


Já a minha mãe, dizia este provérbio: "Quem meus filhos beija minha boca adoça".

Hoje num parque de estacionamento da nossa zona, estávamos nós a arrumar as compras na bagageira.
Uma senhora dirigi-se a nós!...
E pergunta-me: a senhora é a mãe dele? (referindo-se ao Bruno)
-Sou. Sim. Respondi intrigada, porque não conhecia a senhora.
E o Bruno também não a reconheceu de imediato
-Disse-me que estava a gostar muito de o ver assim!...
-Pensei!... Assim como?!...
Percebi que o "assim" era ele estar a ajudar a mãe, em "estado ocupado".
Sem os balanceios e outros tiques que o caracterizam nos momentos de ócio.
Esta senhora era uma funcionária da escola que ele frequentou até ao 12ª. ano.
Despediram-se com os dois beijinhos de praxe :)))
E com as lamentações da mãe, de andar-mos no percurso inverso...
Mas sabe-me sempre bem este reconhecimento.
E as pessoas não virarem a cara para o lado, fingindo não conhecer...

2 comentários:

Grilinha disse...

É fantástico quando descobrimos que há pessoas que se interessam, que são genuinamente boas e interessadas. O outro lado ignoro (olhares indiscretos), mas esse eu aproveito. Dou confiança e gosto de perceber que há gente querida.Percebo-te lindamente. Beijinhos e parabéns por essas pequenas grandes evoluções.

Mina disse...

Grilinha
Nem mais, há que estimular os que nos apoiam, e ignorar os que até nem são (assim tão indiscretos).
Sempre me dei a conhecer nunca escondi que era a mãe daquele rapaz jeitoso lool.
Até fiquei admirada de não conhecer a funcionária , nem ela a mim, só podia ser de algum pavilhão.
Porquê a Grilinha ainda não passou pela fase escolar, mas nós ficamos tão ou mais conhecidas que eles, eu ainda agora assim que entro na instituição todos sabem que é a mãe do Bruno.

Fico "fula" com o comentário do mal empregado, um rapaz tão jeitoso... Mas pronto perdoa-se...
Eu até entendo o que quererão dizer, mas não é forma mais agradável....
Bjocas