Mãe e filho de mãos dadas trilhando os caminhos do autismo/asperger.
Numa partilha intimista e de coração aberto em sonhos e desalentos, numa vida vivida...
Ter um filho asperger não é o fim do mundo, mas o princípio de uma nova vida...
Valorizando os afectos...

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

"Noutro, Papel"


No papel de bobo, surpreendeu com seu olhar "esgaziado", os reis rainhas e princípes, que assistiam, à brilhante apresentação do texto, a Lenda das Caldas da Rainha.
Um Pedaçinho da Lenda
"Padecendo de um mal a rainha banhou-se nas poças das águas quentes, que fumegavam e cheiravam muito mal, e seguiu viagem, chegou à Tornada, qual o seu espanto! estava curada, tornou para trás, e junto ao povo, Prometeu!Jurou! Construir o Hospital Termal, e cumpriu ,passando este lugar a chamar-se Caldas da Rainha"

Um grupo de meninos, muito atentos e interessados, que para além da peça, ouviram falar de Autismo, e tiveram a oportunidade de me ajudar a contar a Fábula no Mundo da Lua?...Talvez Não... com muitas questões que no meu modesto conhecimento tentei responder.

Algumas perguntas pertinentes dos meninos:
Se, os autistas que brincam sózinhos,como é que podem ser Felizes?
Se, o autismo é contagioso?
Como é que aparece o autismo?
Com que idade se descobre, se é autista?
No caso de serem gémeos, quais as probabilidades de ambos terem?
Se eles não ouvem?
Entre muitas outras questões,(notesse que são meninos de 9/10 anos).



Bobo da corte, bufão, bufo ou simplesmente bobo é o nome pelo qual era chamado o "funcionário" da monarquia encarregado de entreter o rei e rainha e fazê-los rirem. Muitas vezes eram as únicas pessoas que podiam criticar o rei sem correr riscos.
Bufão é um tipo característico do grotesco. Existe desde a idade média, estando presente na corte, no teatro popular, sendo cômico e considerado desagradável por apontar de forma grotesca os vícios e as características da sociedade. O corpo do bufão caracteriza-se pela deformidade e o exagero, sendo o excesso uma de suas principais características. Também apontado como Arlequim, Faustaff ou Bobo da corte.
Fonte Wikipédia

10 comentários:

Mariposa Colorida disse...

Do muito que já li sobre o autismo, do que falei com o Dr. Nuno Lobo Antunes e com a maravilhosa terapeuta Carla Almeida, o autismo não tem cura...mas esta semana fui surpreendida por uma notícia do JN em sentido contrário...quem sabe?? Mas há coisas que as terapias atenuam muito muito muito.

Mina disse...

Mariposa
Cada vez se especula e escreve sobre o autismo e curas.
Quando ainda nem se chegou a uma conclusão das suas origens o que provoca, sendo um espetro tão amplo, não me parece que possa haver uma "bitola".
E ninguém deve perder a esperança de dias melhores, mas cura!? Já é conhecida a minha opinião que se nasce autista e morresse autista, agora podemos tornar a vida desses seres humanos simples, sinceros, honestos e tantos outros adjetivos que podia juntar mas que não são facilitadores da vida em comunidade.
Poderá haver outras causas isso cabe à ciência provar.
O que acho é que autismo se tornou um saco sem fundo, onde cabe muita coisa, esta é a minha mera opinião, que a única convicção que tenho, e sempre tive, mesmo sem diagnóstico atempado, é que o meu filho tem e sempre teve uma perturbação do espectro do autismo.
Mas há um mundo por desbravar...
Também eu tenho imensas dúvidas como os meninos que me questionaram.
beijinhos

Mariposa Colorida disse...

Mina, eu falo e li, porque tenho um caso desses. Ou então seria um diganóstico errado que nunca foi admitido... talvez, não sei... Sei que o meu caso teve alta e votos de felicidade, sem qualquer tipo de restrições ou recomendações. Foi uma intervenção precoce. Aos 15 meses!

Mina disse...

Mariposa
Aahahah ainda bem que assim foi, também já ouvi falar de casos e até conheço de pais preocupados e aterrados com diagnòstico e depois felizmente a montanha pariu um rato.
Contrariamente ao que aconteceu connosco, que os autistas eram mos nós que queriamos um rotúlo, quando os sinais eram tão evidentes,(nunca dando o braço a torcer, para o final da intervenção , lá nos ia dando razão), já na adolescência, mas outros tempos outros conhecimentos.
Enfim! Mas claro que se deve sempre investigar quando à dúvidas e procurar quem sabe, na certeza porèm que nós os pais sabemos muito mais dos nossos filhos, que qualquer outra pessoa.
Beijinhos

Anónimo disse...

Li, atentamente (e babei ao olhar o Bruno na representação-não filmaste?)as questões dos miúdos, os comentários da Mariposa e as tuas respostas. Pois. Tens toda a razão, Mina.
Hoje em dia, o autismo serve para tudo, como a hiperatividade, aliás.
Tal como tu, acredito que haja casos onde não residem dúvidas e outros, como o meu filho, onde os médicos se contrariam.
Como mães, o que importa não é o nome. É perceber que há um problema e fazermos de tudo para o minimizar.
A minha admiração por ti cresce de dia para dia.
bji comovido aos dois

Anónimo disse...

Olá Mina e Bruno!

Grandes momentos de dedicação ao autismo e de amor à arte de representar.

PARABÉNS!

Beijinhos :)

Fê blue bird disse...

Prima, vejo com alegria que andam com novos projectos e novas experiências.
Encontraram uma forma muito inteligente de dar a conhecer às crianças o autismo.
O Bruno encontrou a sua vocação! Parabéns aos dois.

beijinhos



Mina disse...

Nina

Concordo contigo o nome não interessa nada,o importante é estarem bem com carinho e atenção.
Já está a caminhar nalgum caminho de se organizar estas perturbações o que causa polémica, mas será necessário, e até admito e já me tem acontecido que quem lida com autismo classico ter outra visão e até achar que Síndrome Asperger é como não ter nada, não é bem assim porque se criou a ideia dos Aspergeres génios, e já me tem perguntado muitas vezes em que que ele é bom. A minha resposta é sempre a mesma ele é realmente genial e surpreendente, mas não é génio. È muito limitado e dependente.
Há meninos que eu pelo que vou lendo , acredito que venham a ter um comportamento e uma vivência , mais ajustada com sociedade e do teu menino do pouco que sabendo , vai ser um caso desses :),Já acertei em alguns ;)
Beijinhos

Mina disse...

Mário

A maior dedicação e empenho é do meu Bruno, eu vou por arrasto e dou lhe toda a força e motivação, e se ele gosta de me agradar :) e aos outros também.
Nem sei se ele representa bem, aos meus olhos sim e esforça-se por ser expressivo e enquadrar-se no personagem, é fruto de algum trabalho ,para quem não gosta de faz de conta e nem usa noutro contexto, até a mim tem surpreendido.
Provavelmente se alguém ligado às artes , visse , diria que a mãe é louca, mas que interessa já estou habituada rsss, as crianças aplaudem e os idosos também.
E Autismo vai ser connosco, não só o caso dele que é visível e nem ás crianças passa despercebido, mas que vemos convivemos e observamos.
Beijinhos

Mina disse...

Prima Fê

Ele está a levar isto muito a sério, e se dantes era dificil que usa-se um disfarce, agora na representação é "profissional", e como compramos uma fatiota de Arlequim, que se adequava à peça da Lenda das Caldas da Rainha.
E até já queria comprar outra fatiota de Mozart, só que aquele Mozart, parecia-me mais um toureiro. além de que traje era caro para o tipo de material.
Ontem vimos um de cavaleiro medieval, quem sabe não venha a servir um personagem rsss
Pena é que tenhamos que levar a lenda da terra , para outro concelho. Mas iremos preparar uma do Municipío que nos acolhe com muito carinho à dois anos.
beijinhos