O que os olhos vêem, "dispara" na linguagem.
Um amigo do pai, em tempos deu-nos boleia.
A primeira coisa em que ele repara, é na obesidade da pessoa em questão, que num carro pequeno ocupa quase os dois bancos ;)
Entra, senta-se e em vez do habitual cumprimento, diz: Deves pesar para aí uns 110kg !?
O senhor, não se conseguiu encolher no banco, por causa da sua constituição física, mas pesará certamente mais, e nem lhe deu resposta.
Viemos calados o tempo todo.
Assim que tive oportunidade, já fora do carro, expliquei-lhe que o senhor não é gordo, porque goste de o ser, é uma doença.
Há dias o mesmo senhor dá nos novamente boleia ( não terá ficado traumatizado).
Converso com Bruno, para não repetir a situação anterior.
-Quando entrares no carro dizes: boa noite, e obrigado
Já a ficar preocupado, que a língua se soltasse, queria vir no banco de trás.
-Oh! filho o senhor, não é nosso "chauffer", é melhor seres tu a ir no banco da frente, do que a mãe, mas não faças comentários .
Quando chega a boleia, abre a porta da frente.
-Exclama: Hoje vou ser simpático rsss, (em vez da boa noite recomendada ).
Como quem diz hoje, não vou falar do teu peso :)
11 comentários:
É uma ternura...
beijinhos para vós
São
;) quando se é simpático, não se precisa de dizer, é se naturalmente.
Esta ingenuidade de querer agradar é necessário verbalizar.
Mas a simpatia, podia ter-lhe saído cara, se ele levasse a simpatia , para o peso do individuo , novamente.
Como poderia ser algo natural nele também.
Tive que fazer uma chantagem, dizendo que se ele repetisse os comentários do peso, íamos a pé, o que não era nada conveniente ...
beijinhos
Prima, tens que ser o "filtro" para controlar qualquer eventualidade o que não deve ser nada fácil.
Mas a situação até está bastante divertida, parece uma anedota :)
beijinho
Fê
Mina, no Bruno compreende-se que fale no peso...mas eu que tenho o mesmo problema de obesidade , tenho ouvido coisas inconcebíveis vindas de criaturas que se acham muito "normais"...
Beijinhos para vós
Prima Fê
Nada fácil, nem com pré-avisos, fico muito descansada.
Mas sinceramente, também lhe acho piada, até porque sei, que é sem maldade...
Ele repara muito nas diferenças,vá se lá saber porquê!?
Porquê será visível aos olhos!? e como nunca têm tema de conversa, vai pelo óbvio, sem saber que pode estar a ferir a sensibilidade de outrem.
Beijinhos
São
E alguém, é normal !? ;)
Para o Bruno e para todos nós , devia ser normal, não ter-mos complexos, cada um tira o melhor, que à em si.
Mas como vivemos na sociedade, das aparências, onde tudo é moldável.
Não se pode ser feliz...
O nosso corpo, é apenas o embrulho, que vale muito menos, do que o conteúdo interior.
E lembro-me sempre da história, do homem feliz, que a minha mãe me contava. Aquele homem que não tinha camisa.
Beijinhos
Não quer contar a estória? Obrigada desde já
Bons sonhos
Que mãe severa (brincando)... a pé? Mais um pouco chegavam a Fátima! Adoro esta sinceridade aspie. Beijo grande
Olá Sandra
Não, foi comentário que não tenha feito, aproveitávamos a companhia dos peregrinos :)
Beijinhos
São
Essa história é grande, mas vou resumir :) antigamente a estas histórias estava subjacente a moral.
Na história consta, que rei está muito doente, e que cura depende da camisa de um homem feliz.
O mensageiro percorre o reino à procura de alguém feliz, a quem dará muito dinheiro pela camisa, para salvar o rei.
Quando encontra um lenhador, que se diz ser uma pessoa feliz, este não têm camisa.
Moral da história!?
Beijinhos
São
entre as várias histórias, deixo aqui uma... quanto não nos vale a internet, rebuscar memórias, a que a minha mãe contava era mais comprida...
link:http://www.boletimpadrepelagio.org/index.php?option=com_content&view=article&id=6202:o-homem-feliz-que-nao-tinha-camisa&catid=20:a-historia-do-dia&Itemid=197
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