Para quem têm filhos, no espectro do Autismo, reconhecerá que não são fáceis as alterações de rotina e de ambientes.
Nós por cá, fazemos os planos de férias com muita antecedência.
Tudo é orientado ao pormenor, a marcação dos dias, a maior dificuldade reside nas dormidas a escolha desse local têm de ter algumas variáveis importantes a maior delas a privacidade.
Desta vez corremos um risco calculado ( meio a apalpar terreno) não podíamos despender muito dinheiro na estadia, com conhecimento do Bruno e escolha inicial dele, resolvemos reservar um quarto, numa casa onde também residiam os nossos anfitriões.
Fiz todo um estudo prévio, do perfil das pessoas que nos iriam receber e inspirou-me confiança.
Se tive dúvidas!? Algumas , para não dizer bastantes, ir para casa de uma família que não conhecemos com um adulto, que é bastante comunicativo e sociável , mas que efectivamente não faz de forma nada padronizada, pode fazer das respostas perguntas que ninguém entende ( como se as pessoas tivessem poder de adivinhar).
Não têm as normas de etiquetas formais, é tu cá, tu lá, como se fossem amigos de longa data.
Esta forma diferente, não o impede de gostar, e gosta de gostar, e se do outro lado tiver-mos a empatia, temos a sintonia perfeita.
Enquanto mãe gostei deste gostar de estar ,desta compreensão e inter-acção, à pessoas que têm este poder de nos tocar, foi o caso desta família que nos acolheu no seu seio familiar com muito carinho, do qual trouxemos um pedacinho mais de Amor da ilha.
Grata a esta família, que nos permitiu mais uma experiência, que sem experimentar nunca iríamos calcular o resultado de uma forma diferente de viajar.
3 comentários:
A empatia deveria fazer parte do currículo de todos os graus de Ensino.
Fico contente por saber que essa família a pratica e que tudo correu bem.
Beijinho de feliz Páscoa para vós
Obrigada São
Peço desculpa, por não ter respondido atempadamente, já é pouco frequente vir ao blogue.
Ainda que seja aqui o lugar, onde ainda sinto, como se fosse a nossa casa.
Aqui está um grande pedaço de nós.
Em relação à publicação, foi efectivamente uma forma diferente de estadia muito agradável.
Pessoas com boa formação e bom coração, também como deu para perceber eu fiz o estudo do perfil das pessoas que nos iam receber, correndo o risco da falta de privacidade , para ambos os lados a parte da empatia e da inter-acção foi excelente, o senhor é engenheiro e têm os mesmos gostos que eu por caminhadas e hortas biológicas e a senhora era professora de Inglês para mim era quase uma garantia que o termo autismo não lhe seria estranho ;)
Beijinhos, já não é boa Páscoa, mas é bom domingo
Para memória futura
Deixo aqui o comentário que a família que nos acolheu deixou na plataforma.
"“Maria Viana e o seu filho foram uns hóspedes muito queridos. Maria uma senhora simpática, querida, boa comunicadora e muito cuidadosa. Bruno foi do melhor foi um privilégio ter-vos recebido em nossa casa! São sempre bem vindos.”
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