A partilha, o desejo, e a vontade de uma sociedade inclusiva, tem sido , a meta que tracei.
Não têm sido fácil.Não é novidade para ninguém, que a politica, é algo, que não entendo, e gostaria de deixar para quem entende.
O problema, é que essas politicas, interferem com bem estar das pessoas, e essas politicas estão cada vez mais virada , para os lobbies e interesses financeiros...esquecendo -se das pessoas, e das suas necessidades.
Lentamente, como quem, não quer a coisa (e, de facto, não queria, mesmo), fui me aproximando, observando, este movimento, de cidadãos, que trazia , alguma aragem, e momentos de cultura com interesse, numa cidade tão parada.
Em maio , foi formalizada a candidatura de uma mulher com uma enorme "bagagem", quer académica, quer profissional, com ideias, energia e uma enorme vontade de mudança.
Seguia-se a fase de recolha de assinaturas, para que essa formalidade se tornasse efectiva, nós fomos dos que assinamos a propositura, aos movimentos de cidadãos, nada é facilitado, e, a partir daí , achei que já tinha feito a minha parte (pouquíssimo), mas, para se ser cidadão de corpo inteiro , tem que se dar mais, e a história do colibri*, levou-me a reflectir, estava a fazer pouco, mas muitos, poucos, podem fazer muito.
Algumas pessoas, nestes meios, ainda têm medo de expor as suas ideias, e de serem vistas, ligadas a um movimento independente, numa terra destas ( "é de loucos"). Vamos, perder o medo!
Tudo isto, dá um trabalho enorme , para quem não têm uma máquina partidária , por detrás
Criar as listas com candidatos aos vários locais: câmara, assembleia municipal, e juntas de freguesia.
Estas coisas, obedecem a certas formalidades, de número de inscritos, para os vários locais.
Pediram-me se podia integrar as listas.
A minha resposta, : Não quero tachos, nem panelas, só se for necessário para tapar algum buraco.
E assim foi, fiquei na lista, como a última candidata suplente à câmara.
Mas isso, também , não interessa nada, e o ser suplente , dava-me muito menos responsabilidade, e a liberdade, de que não abdico .(não quer dizer, que os outros também , não façam)
O certo! é que durante toda esta panóplia de afazeres, houve, muito trabalho e companheirismo, fizemos uma campanha, criativa e muito participativa, criamos uma família alargada, com cumplicidades e algumas diferenças, que também fazem parte .
O Bruno, como é lógico, participou em todas as actividades, sempre pronto a ajudar, e querer estar presente..
Faço aqui uma confissão, foi mais por ele, que me meti nisto, e agora seria difícil sair, que ele não ia deixar :),
Foi a nossa "mascote" o nosso actor convidado.
Nestes dias ainda fala deles, com nostalgia.
-Nunca, mais , vou ver os do movimento!?
-Claro! que vais filho! ( o movimento , não se esgota, num dia)
-E para a próxima vamos ganhar (digo eu para o animar).
-Impossível ( acha ele), e se calhar têm razão, mas não é por isso que vamos desistir.
Outros locais, em que se achava, ser impossível ,mudaram.
-Nota, na segunda feira, comprou o jornal, para ver todos os resultados a nível nacional, agora anda a fazer uma tabela , dos locais que mudaram de cor politica, onde, estão as poucas mulheres eleitas, e os independentes.
Ainda, vamos ter , aqui, um futuro comentador politico :)
Manifesto do movimento aqui
*colibri é uma publicação do movimento, leiam e descubram
1-Imagem: o Zé povinho (Bruno) com a candidata a presidente, nota-se a cumplicidade e a empatia, que criou. Inclusão também é isto, estar onde os outros estão.
2-Imagem. o Zé povinho (Bruno) com a Maria Paciência (mãe)
10 comentários:
Inclusão é sobretudo aprender também com a diferença dos outros.
Também tenho saudades do Bruno e da mãe claro!
Um abraço amigo
Maria Teresa Serrenho (tenho na cabeça o eco das palavras do Bruno a pronunciar o meu nome) :)
Maria Teresa Serrenho!
Com aquela voz poderosa e potente, do Bruno, que se ouve no "Samouco".
só podia mesmo ficar o eco.
Como, já referi, só quem não conhece, é que não se pode apaixonar, por estas pessoas, como Bruno genuínas, "perigosas", por dizerem, tudo, ás vezes fico encavada, sem saber como responder.
É, também uma característica das pessoas, com perturbação do espectro autismo, não terem empatia e isolarem-se, o Bruno, não foge à regra, tem sido com uma enorme insistência, em mantê-lo em sociedade e perder a vergonha, da sua maneira de estar particular.
Inclusão, é, não, nos fechar-mos numa redoma,saber estar e conviver com as diferenças, ninguém está isento de adquirir alguma patologia.
beijinhos e obrigada
A política , de que gosto imenso --mas em que me envolvo activamente pouco -, está mudando.
Estas autárquicas foram uma claríssima lição e se Passos e respectivo núcleo duro não o conseguem perceber e já começaram purgas dentro do PSD é porque, além de mentirosos, têm muito escassa inteligência.
Mas o PS também tem que aprender com a lição de Matosinhos, por exemplo.
E, sim, o Bruno tem razão em querer continuar: não desistam!
Beijinhos para vós.
Numa linda floresta viviam felizes todos os animais, mas, num dia quente e seco de Verão, de repente deflagrou um terrível incêndio. Os animais começaram a correr aflitos, que seria agora das suas casas? Reuniram então numa clareira para decidirem o que fazer. Estando todos reunidos, repararam no pequeno beija-flor, o Colibri, que voava desesperadamente entre o incêndio e o lago, transportando no pequeno bico gotinhas de água que vertia sobre o fogo. Então o elefante chamou:
- Colibri, ó Colibri!… Anda para a reunião… O que é que andas a fazer?…
Ao que o Colibri respondeu:
- Eu?… Eu estou a fazer a minha parte!…
Se todos nós prima, fizéssemos assim a nossa parte, decerto que o mundo estaria bem melhor.
Gosto de ver que passou para o lado da acção e muito bem acompanhada com um Zé povinho (Bruno)todo empolgado :)
Nek consigo imaginar o quer trabalho que deve ter dado :) mas valeu a pena! Parabéns.
beijinho aos dois
Fê
São
Apercebo-me agora, que tudo que fazemos, é, politica, se quero que meu filho esteja incluído estou a fazer politica, contrariando o sistema, que o querer segredado, a politica da exclusão social, e isso, assusta-me uma bocado. Misturar politica e autismo é uma conjugação imperfeita.
Ás vezes, apetecia-me ir para uma ilha deserta rsss
Beijinhos
Prima Fê
Eu sou apenas uma gotinha, não sou nenhuma fortaleza, antes pelo contrário sou frágil, a força bem mesmo dele, ou estaria acomodada, certo que também sou eu que o influencio, e arrastamos um bocadinho, um ao outro, senão me apetece, ele diz vamos.
Prima Fê , a imagem, não sou eu, é mesmo a da candidata a presidente, ela sim teve imenso trabalho, não foi uma gota, foi uma chuva torrencial ;)
Aqui a mãe, só faz de Paciência para acompanhar o Zé Povinho.
Beijinhos
Continuamos a ser os colibris Mina, a trabalhar diariamente! Pelo menos é por isso que luto! E não é gratificante? Às vezes não parece, mas é! Obrigado Mina, obrigado Bruno ;)
Mina minha querida passei para te agradecer o teu beijinho, quero que saibas que o senti, foi reconfortante.
beijinho e uma flor
Miguel
Vamos apagando alguns "fogos", mas é tudo tão lento, neste país, que ás vezes , até dói.
Não. há colibri, que resista ;)
beijinhos
Bem vinda, quem é uma Flor!
Se é amiga da prima, é minha amiga, também...
Beijinhos e sinta-se confortável
Apesar da base deste blogue ser autismo, não deixa de ser animado, e sério :)
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