Mãe e filho de mãos dadas trilhando os caminhos do autismo/asperger.
Numa partilha intimista e de coração aberto em sonhos e desalentos, numa vida vivida...
Ter um filho asperger não é o fim do mundo, mas o princípio de uma nova vida...
Valorizando os afectos...

segunda-feira, 25 de abril de 2011

SON RISE - Estratégias práticas que pode começar a utilizar com a sua criança (2)

Área do Desafio:
Quando a Criança grita, chora, bate e atira objectos, etc
Princípios Orientadores:
As Crianças usam estes comportamentos porque funcionam. Se a criança estiver a gritar, é porque aprendeu que essa é a maneira de obter o que quer. Se este comportamento já não se verificar útil, deixará de o usar.
Todas as crianças e adultos fazem o melhor que podem. Por variadas razões, neste momento, a criança não consegue encontrar outra maneira de o fazer. Se conseguisse, fazia-o.
As nossas reacções têm um papel vital para encorajar ou diminuir estes comportamentos.
Aplicar os Princípios:
Não tenha reacção. Mantenha a sua expressão facial e o tom de voz inexpressivos (i.e., não franza a testa, grite, sorria, etc.). Mova-se sempre lentamente e em silêncio durante esse tempo, assim minimiza a sua reacção, e consequentemente, já não ira encorajar estes comportamentos.
Em vez de tentar ignorar estes comportamentos, explique numa voz calma e terna, que não percebe quando a sua criança tenta comunicar consigo desta forma. Mesmo que a sua criança não fale, a sua explicação será útil, tanto no conteúdo como no tom.
Evite dar a "recompensa" que a sua criança quer. Se der a à sua criança o que ela quer quando grita, está a ensinar-lhe que essa é uma maneira eficaz de comunicação.
Cuide de si. Minimizar reacções não quer dizer que vai deixar que a sua criança lhe bata ou lhe belisque. Tente pôr uma almofada à sua frente de maneira a que o proteja e lentamente mova-se para outro sítio.
Ofereça uma alternativa. Se a sua criança lhe está a puxar o cabelo, dê-lhe antes uma corda para puxar. Se estiver a atirar-lhe com peças, ofereça-lhe antes uma almofada ou um peluche para atirar.
Expresse reacções substanciais de celebração cada vez que a sua criança for gentil e faça pedidos da maneira como você prefere.
Mova-se rapidamente quando lhe pedirem algo de forma querida ou clara para que assim lhe mostre o contraste destes tipos de comunicação.
Área do Desafio:
A criança está incapacitada ou não quer participar em actividades do dia-a-dia (i.e., escovar os dentes, usar a casa de banho, ter uma higiene pessoal, preparar as próprias refeições, vestir-se, etc.).
Princípios Orientadores:
Todas as pessoas (crianças e jovens adultos) movem-se de acordo com o que apreciam. Se estas actividades forem vistas como agradáveis, a criança aproximar-se-á em vez de se afastar.
As pessoas precisam de tempo para aprender — vale a pena investir tempo para ajudar a sua criança a adquirir novas capacidades.
Aplicar os Princípios:
Tire estas actividades "fora do armário". Ensine estas actividades insistentemente durante o dia, em vez de as fazerem apenas em alturas muito ocupadas do dia (i.e., quando está a tentar que a suas crianças saiam da porta, para que não percam o autocarro), pegue noutras alturas para lentamente ensinar estas capacidades.
Dê atenção e celebre todos os membros da família que participam nestas actividades com sucesso (i.e., "Boa Papá! Conseguiste vestir sozinho o teu casaco!").
Dê grandes e calorosas reacções a qualquer sinal de interesse ou vontade nestas áreas (i.e., se a sua criança olhar para a escova de dentes, se vestir a sua t-shirt ao contrário, etc.).
Faça com que seja divertido! (O quê? Escovar os dentes é divertido? Sim! Escovar os dentes pode ser divertido!)
Seja flexível relativamente ao tempo. Se a sua criança fugir da quando lhe pentear o cabelo, em vez de o forçar ou empurrar, espere 10 minutos, e tente outra vez.
Informação - vencer autismo

2 comentários:

AvoGi disse...

hum, bonito texto MINA
adorei de verdade
kis :=)

Mina disse...

Nota- Nenhum método substitui a ida a um especialista e seguir os princípios orientadores...
E cada um pode optar ou não por utilizar estratégias e escolher o que deve utilizar, com quem lhe é querido...
Pessoalmente, não acredito na cura para o autismo, mas numa melhoria das condições de vida, e todos as práticas são boas quando resultam numa evolução... Cabe a cada escolher o que melhor se adapta ao seu caso, até porque falamos num espectro e que resulta nuns, pode não resultar nos outros... Postei esta informação porque mesmo só sabendo do metódo agora, intuitivamente foi com base em muitas destas estratégias que usei com o meu filho, o amor a persestência e a paciência...
Não está curado, mas fiz o que meu coração ditou e assim continuo a seguir as mesmas estratégias, com a aprendizagem da vida...