Mãe e filho de mãos dadas trilhando os caminhos do autismo/asperger.
Numa partilha intimista e de coração aberto em sonhos e desalentos, numa vida vivida...
Ter um filho asperger não é o fim do mundo, mas o princípio de uma nova vida...
Valorizando os afectos...

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Na Estação de Comboio (textos infantis)


O homem estava a falar com o bilheteiro e um disse que queria um bilhete para o Zimbabué, mas aquele respondeu-lhe que não tinha.O homem insistia que queria um bilhete para o Zimbabué e o bilheteiro, disse-lhe que se ele não tinha bilhetes para o Zimbabué, o que é que o homem queria que ele fizesse.O homem continuava a insistir e o bilheteiro disse-lhe já um pouco irritado, que ali não havia bilhetes para o Zimbabué, nem nunca iria haver.O homem disse ao amigo que ali não havia bilhetes para ele.
Bruno V.


12 comentários:

Mina disse...

Que pode uma mãe argumentar!?...
Perante uma conclusão tão tão evidente e coerente.
Não há bilhete, e ponto final. rsss

Mrs_Noris disse...

Mina,
É muito bom que partilhe connosco estes textos. Que idade tinha o Bruno quando escreveu essa composição?
Uma escrita cuidada e com sentido, sem dúvida, porém demasiado preso à mesma ideia.
Estou desejosa, e ao mesmo tempo com receio, de ver as composições do meu filho. Julgo que terá outro estilo. A continuar assim, possivelmente escreverá coisas sem nexo nem fio condutor. Hoje o seu postal para a melhor amiga (S. Valentim) tinha forma de coração e o seguinte escrito "Gabi Salta no trampolim". Deveras romântico. :)
Beijinhos.

Mina disse...

Noris
A linha de raciocínio do Bruno tem-se mantido quase inalterada desde que aprendeu a escrever, sempre muito preso ao assunto e sem criatividade.
Neste texto já não se focalizou na parte númerica o que é uma raridade.
Este texto, já era mais crescidinho, já tinha 13 anos, mas puderia ser actual ainda agora se nota que tem o mesmo tipo de fio condutor...
Se fosse hoje acrescentaria, que o Zimbabué tem sido assolado pela malária ( que é um rapaz muito actualizado)rsss.
Quanto ao "meu afilhado", ele lá tens as suas razões ver a "Gabi a saltar no trampolim" tem o seu quê de romântico.:)
Bjocas

Anónimo disse...

A minha mãe enganou-se escreveu malária em vez de cólera.

paula machado disse...

Olá Bruno
Olá Mina

o texto está muito engraçado
o Nuno para textos éra complicado era capaz começar pelo fim e acabar no principio
agora já vai melhor nessa parte
temos todos que ir devagarinho

um bom domingo para os dois

beijinhos do tamanho do Mundo

LuisaB disse...

O Bruno e África, seria pelo clima?
Mas sem bilhete nada feito.
Até escrevia bem o nosso Bruno... e desta vez sem fracções ou números.
Beijinhos para os dois.

LuisaB disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
LuisaB disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Mina disse...

Olá Paula
Nem sempre o Bruno consegue uma linha de raciocionio tão coerente, é mesmo uma raridade, e tem de ser em textos pequenos, para não começar a misturar as ideias.
Principalmente na elaboração de textos eles precisam de ajuda, e concerteza que o Nuno também irá conseguir vai indo um passinho de cada vez, não pudemos exigir, temos é de apoiar e estimular, e a escola e os professores tem essa tarefa orientadora de os estimular, por um lado temas que eles gostem e fazerem tipo uma esquema de orientação.
Além de que o Nuno tem muito jeito p'ro desenho, pudia e devia ser uma via a explorar até mesmo escrever sobre o que desenha, isto é apenas uma sugestão...
Bjocas

Mina disse...

Oi,Luísa
Nesta , época o Bruno ainda não tinha o coração, em Africa lool
Mas já havia resquícios, achei curioso o discurso, é mesmo tipico. Pronto resolve-se logo não inventaram comboios ainda para o Zimbabué.
Como é que pode haver os bilhetes. Adorei principalmente aquela parte do bilheiteiro, já irritado de tanta insistência. Como se a insistência não fosse uma caracteristica da sindrome." É caso para dizer, não olhes para o que faço, olha para o que digo.:)"
Bjocas

Mrs_Noris disse...

É interessante mina, O Bruno ter essa consciência de que a insistência acaba sempre por irritar os demais. Bem sublinhado.

Mina disse...

Noris
Eu acho que ele não tem essa consciência, mas eu tenho lool.
E sei que ele insiste, até eu já ter os cabelos em pé quando quer alguma coisa.
Diz tanta vez a mesma coisa que eu até fico "marreca" de ouvir a mesma coisa. E ás vezes lá tenho de ceder...
Na altura dos Jogos Olimpicos, viu um livro sobre todos os desportos, e sismou que queria o livro, não desarmou enquanto não o conseguiu.
Só havia na Bertrand, até queria ir sozinho de comboio a um centro Comercial onde o tinha visto, e eu não deixei comprar, que parecendo que não ,ainda foi 30 euros. mas entre a minha paciência no limite e o livro, mais uma vez ele ganhou...
Bjocas